16 de mai 2025
Mulheres apresentam maior eficácia no uso de medicamentos para emagrecimento
Medicamentos injetáveis de GLP 1 mostram eficácia superior em mulheres na perda de peso, desafiando padrões anteriores de tratamento.
Iuliia Burmistrova/Moment RF/Getty Images (Foto: Iuliia Burmistroova/Moment RF/Getty Images)
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Pesquisas recentes revelam que medicamentos injetáveis de GLP-1, como semaglutida e tirzepatida, são mais eficazes na perda de peso em mulheres do que em homens. Estudos anteriores mostraram que dietas e exercícios tendem a beneficiar mais os homens. Os resultados foram apresentados no Congresso Europeu de Obesidade e publicados no New England Journal of Medicine.
No estudo, cerca de setecentos e cinquenta participantes com obesidade foram divididos em dois grupos. Um grupo recebeu o máximo tolerável de Wegovy (semaglutida) e o outro de Zepbound (tirzepatida). Os resultados mostraram que os participantes que usaram Zepbound perderam cerca de 50% mais peso do que aqueles que usaram Wegovy.
Os pesquisadores notaram que, em média, os homens perderam 6% menos peso do que as mulheres. O especialista em obesidade, Louis Aronne, destacou que a eficácia dos medicamentos em mulheres é uma descoberta positiva, mas ainda não se sabe o motivo exato. Em estudos anteriores, mulheres que usaram semaglutida perderam em média 11% do peso inicial, enquanto homens perderam 8%.
Fatores Biológicos e Culturais
Vários fatores podem explicar essa diferença de eficácia. A especialista em medicina, Melanie Jay, sugere que a dosagem dos medicamentos pode ser um fator, já que mulheres geralmente pesam menos que homens, mas recebem doses iguais. Além disso, a forma como as mulheres armazenam gordura pode influenciar a eficácia dos medicamentos.
A pressão social para manter um peso saudável também pode motivar as mulheres a persistirem no tratamento, mesmo diante de efeitos colaterais como náuseas e constipação. Jay observou que as mulheres tendem a lidar melhor com esses efeitos do que os homens.
O Papel do Estrogênio
Outro aspecto intrigante é o papel do estrogênio. A professora Karolina Skibicka afirma que o estrogênio pode amplificar os efeitos do GLP-1, aumentando a eficácia do medicamento. Estudos em ratos mostram que a combinação de GLP-1 e estrogênio resulta em uma resposta mais forte no controle do apetite.
Embora essas teorias sejam promissoras, ainda são especulativas. A falta de dados específicos sobre as diferenças de sexo nos estudos clínicos de GLP-1 é uma preocupação. Compreender essas diferenças pode ajudar a otimizar os tratamentos e melhorar a adesão ao uso dos medicamentos.
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