Dia Mundial da Hipertensão alerta para riscos da doença silenciosa no Brasil

Celebrado em 17 de maio, o Dia Mundial da Hipertensão destaca os riscos dessa doença silenciosa, que afeta órgãos vitais e é uma das principais causas de complicações cardiovasculares. Um estudo do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) aponta que pessoas com 60 anos ou mais têm maior propensão a desenvolver hipertensão arterial.

Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2023 revelam que cerca de 30% da população adulta brasileira vive com hipertensão. A prevalência é maior entre mulheres nas capitais, com 29,3% dos diagnósticos, enquanto os homens correspondem a 26,4%. A cardiologista Poliana Requião, docente do Instituto de Educação Médica (Idomed), alerta que 50% dos hipertensos desconhecem seu diagnóstico.

A hipertensão arterial é caracterizada pelo enrijecimento das paredes das artérias, um processo que geralmente não apresenta sintomas até estágios avançados. Poliana explica que fatores como predisposição genética e hábitos de vida inadequados, como alimentação rica em sódio e sedentarismo, contribuem para o surgimento da doença.

Sintomas e Riscos

Embora a hipertensão seja frequentemente assintomática, alguns sinais podem surgir, como dor de cabeça, tontura e falta de ar. A cardiologista enfatiza que a aferição regular da pressão arterial é essencial para o diagnóstico precoce. “Se há histórico familiar de hipertensão, os cuidados devem ser redobrados”, afirma Poliana.

Para evitar complicações graves, como infarto e AVC, é fundamental que pacientes diagnosticados mantenham mudanças no estilo de vida e sigam as orientações médicas. A nutricionista Anete Mecenas recomenda a dieta Dash, que prioriza o consumo de frutas, verduras e cereais integrais, enquanto restringe sódio e carnes processadas.

A obesidade, que afeta 55% da população brasileira, é uma comorbidade associada à hipertensão. Pacientes obesos na faixa dos 40 a 45 anos frequentemente apresentam hipertensão, aumentando a necessidade de atenção à saúde cardiovascular.