17 de mai 2025



FAO alerta sobre nova fase do vírus em granja no Rio Grande do Sul
Primeiro foco de gripe aviária em plantel comercial no Brasil gera alerta sobre saúde pública e segurança alimentar. Medidas de biossegurança são urgentes.
Foto:Reprodução
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A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) confirmou, neste sábado (17/5), o primeiro foco de gripe aviária em um plantel comercial de aves em Montenegro, no Rio Grande do Sul. Até então, o Brasil havia registrado a doença apenas em aves silvestres e de criação caseira.
O surto representa uma nova fase na presença do vírus no país, aumentando as preocupações sobre a saúde animal e humana. A FAO destacou que a transmissão do vírus de aves para humanos é uma questão crítica, além de ressaltar os impactos nos sistemas alimentares e na biodiversidade. O representante da FAO no Brasil, Jorge Meza, enfatizou que o consumo de carne de ave e ovos continua seguro, especialmente quando bem cozidos, e que o risco de infecção humana permanece baixo.
Medidas Necessárias
Meza alertou sobre a necessidade de fortalecer os sistemas de vigilância e biossegurança. Ele defendeu a abordagem de "Uma só saúde", que integra as interações entre animais, humanos e meio ambiente. Essa estratégia é essencial para conter a propagação do vírus, especialmente entre pequenos e médios produtores.
A FAO também mencionou sua colaboração em mais de 440 surtos de doenças transfronteiriças em mais de 50 países, incluindo a gripe aviária. O trabalho conjunto com os governos da região envolve investimentos em capacitação veterinária e sistemas de alerta precoce. A entidade reforçou a importância de uma ação coordenada entre os países da América do Sul para mitigar a propagação do surto.
Desde 2022, a América Latina e o Caribe notificaram mais de 4.700 surtos de gripe aviária altamente patogênica, afetando não apenas aves de criação, mas também aves migratórias, mamíferos marinhos e animais de estimação. A situação exige atenção redobrada das autoridades e da comunidade internacional para proteger a saúde pública e a segurança alimentar.
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