19 de mai 2025

Tabaco, álcool e alimentos ultraprocessados afetam saúde e meio ambiente
A produção de ultraprocessados não só afeta a saúde, mas também agrava a crise climática. Reforma tributária no Brasil busca reverter essa situação.
Foto:Reprodução
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As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são a principal causa de morte no mundo, com indústrias de tabaco, álcool e alimentos ultraprocessados contribuindo para essa epidemia. Recentes estudos revelam que a produção de ultraprocessados também está ligada ao aumento das emissões de gases de efeito estufa.
Organizações de saúde e meio ambiente destacam a relação entre essas indústrias e o adoecimento da população. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Ministério da Saúde associam produtos como tabaco, bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados a diversas doenças, incluindo câncer, diabetes tipo 2 e hipertensão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, na Europa, quatro setores — alimentos, álcool, tabaco e combustíveis fósseis — causam 2,7 milhões de mortes anualmente.
Um estudo do American Journal of Preventive Medicine aponta que, em 2018, o consumo de ultraprocessados resultou em 124 mil mortes nos Estados Unidos. Globalmente, o tabaco é responsável por 8,7 milhões de mortes por ano, enquanto o álcool contribui com 3 milhões. Além dos impactos à saúde, a produção de ultraprocessados aumentou em 245% as emissões de gases de efeito estufa nas últimas três décadas.
Impactos Ambientais
No Brasil, cerca de 1,3 milhão de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos anualmente, em grande parte devido ao descarte inadequado de embalagens. A indústria de tabaco também causa danos ambientais significativos, com a fumaça e os resíduos de cigarros contaminando solo e água. A cada ano, cerca de 4,5 trilhões de bitucas são descartadas, contribuindo para o desmatamento e poluição.
Para mitigar esses problemas, especialistas recomendam a tributação de produtos nocivos. A reforma tributária brasileira introduziu o Imposto Seletivo sobre tabaco, álcool e refrigerantes, visando desestimular o consumo. No entanto, é crucial que essa medida seja ampliada para incluir todos os ultraprocessados e plásticos descartáveis, além de garantir alíquotas que realmente reduzam o consumo.
A combinação de saúde pública e proteção ambiental é essencial para um futuro sustentável. A implementação eficaz dessas políticas pode resultar em benefícios significativos para a saúde da população e do planeta.
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