Governo Lula cria indicador para combater a fome e melhorar segurança alimentar no Brasil

O governo Lula anunciou a criação do CadInsan, um novo indicador para avaliar o risco de fome em famílias cadastradas no Cadastro Único. O objetivo é combater a insegurança alimentar e retirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU até 2026. O índice deve estar disponível até o final de junho.

O Brasil saiu do Mapa da Fome em 2014, mas voltou a figurar na lista em 2021, com 2,8% da população subnutrida. Em 2022, a insegurança alimentar grave afetou 15% dos lares, totalizando 33 milhões de pessoas. A meta é reduzir a subnutrição para 2,5%.

O CadInsan utilizará dados socioeconômicos para identificar municípios com maior concentração de famílias em situação crítica. Atualmente, a Triagem para o Risco de Insegurança Alimentar (Tria) é aplicada em unidades de saúde, mas o novo indicador permitirá um monitoramento mais detalhado.

Situação Atual

A Região Norte do Brasil apresenta a pior situação, com quase 40% dos municípios enfrentando algum grau de insegurança alimentar. O Pará destaca-se com 10% das famílias passando fome, enquanto Santa Catarina apresenta apenas 1,5%. O governo busca estruturar ações para garantir o direito à alimentação, com foco na adesão ao Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).

A secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, Luiza Trabuco, ressaltou que o Sisan é fundamental para planejar e articular ações de segurança alimentar. Atualmente, menos de 30% dos municípios participam do sistema, mas a meta é alcançar 3 mil até o final do governo.

Ações em Andamento

Entre as iniciativas estão o apoio à agricultura familiar e a promoção de feiras, bancos de alimentos, cozinhas comunitárias e restaurantes populares. O governo também pretende garantir acesso à alimentação por meio de programas sociais, como o Bolsa Família e o Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Com o CadInsan, o governo espera obter dados mais precisos sobre a segurança alimentar no Brasil, permitindo um direcionamento mais eficaz das políticas públicas. A próxima edição do índice de subnutrição será divulgada em julho.