Saúde

OMS aprova acordo internacional histórico para prevenir futuras pandemias

Novo acordo da OMS promete acesso equitativo a vacinas e tratamentos, mas desafios de implementação e soberania ainda persistem.

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O novo acordo internacional para a prevenção de pandemias foi aprovado na Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira, 20, em Genebra. Após mais de três anos de negociações, o pacto visa garantir acesso equitativo a produtos de saúde e melhorar a coordenação global em crises sanitárias futuras.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que o acordo representa uma "vitória para a saúde pública" e permitirá uma proteção mais eficaz contra ameaças pandêmicas. O texto foi adotado em um contexto marcado por falhas na resposta à pandemia de Covid-19, que evidenciou desigualdades no acesso a vacinas e insumos entre países ricos e em desenvolvimento.

Mecanismos de Acesso

O acordo estabelece um mecanismo de "acesso a patógenos e compartilhamento de benefícios", que facilitará a troca rápida de informações sobre patógenos emergentes. As empresas farmacêuticas que aderirem ao mecanismo deverão fornecer à OMS 20% de sua produção de vacinas e tratamentos em tempo real, com um mínimo de 10% destinado a doações e o restante a preços acessíveis.

A resolução foi aprovada com 124 votos a favor e nenhuma objeção, embora alguns países, como Irã e Rússia, tenham optado pela abstenção. O pacto também reforça a vigilância multissetorial e a abordagem de "uma única saúde", considerando que 60% das doenças emergentes são causadas por zoonoses.

Desafios à Implementação

Apesar do avanço, o acordo enfrenta desafios, incluindo a necessidade de 60 ratificações para entrar em vigor. Detalhes práticos do mecanismo ainda precisam ser negociados nos próximos dois anos. A oposição de alguns países, que temem a perda de soberania, pode impactar a implementação do pacto.

A aprovação do acordo ocorre em um momento em que a OMS enfrenta cortes orçamentários e crescentes crises globais. A cooperação internacional será crucial para garantir que os países, especialmente os mais vulneráveis, tenham acesso a recursos essenciais em futuras pandemias.

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