21 de mai 2025



Incêndios florestais impulsionam recorde de perda de cobertura vegetal em 2024
Incêndios florestais superam agropecuária como principal causa de perda de florestas tropicais no Brasil, exigindo ação urgente.
Foto:Reprodução
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Em 2024, o Brasil enfrentou um aumento alarmante de incêndios florestais, que se tornaram a principal causa da perda de florestas tropicais, superando a agropecuária. Os incêndios representaram 66% da devastação florestal no país, resultando em 2,8 milhões de hectares de florestas primárias perdidos, conforme dados da Global Forest Watch (GFW).
Os incêndios florestais causaram 42% da perda global de florestas tropicais, com o Brasil liderando o ranking de devastação. Este cenário é agravado por uma das piores secas da história, que intensificou as chamas. A Amazônia registrou a maior perda de cobertura arbórea desde 2016, enquanto o Pantanal enfrentou a maior devastação do país.
Dados Alarmantes
Os dados revelam que, pela primeira vez desde 2002, os incêndios superaram a agropecuária como a principal causa de destruição florestal. Em anos anteriores, os incêndios representavam cerca de 20% da perda total. A situação se agravou com a combinação de condições climáticas extremas e o fenômeno El Niño, que dificultaram o controle das chamas.
Além dos incêndios, a exploração de soja e gado também contribuiu para a perda de florestas primárias, que aumentou 13% em relação ao ano anterior. Mariana Oliveira, diretora do programa de florestas e uso da terra do WRI Brasil, destacou que, apesar dos avanços no governo Lula, a ameaça às florestas ainda persiste.
Consequências Globais
Globalmente, a perda de florestas primárias tropicais em 2024 alcançou 6,7 milhões de hectares, quase o tamanho do Panamá. Os incêndios emitiram 4,1 gigatoneladas de gases de efeito estufa, superando as emissões de todas as viagens aéreas de 2023. Elizabeth Goldman, do Global Forest Watch, classificou a situação como um "alerta vermelho global", enfatizando a necessidade de ação coletiva.
Na Bolívia, a perda de florestas primárias cresceu 200%, com mais da metade da devastação atribuída a incêndios. A República Democrática do Congo e a República do Congo também registraram perdas significativas, enquanto a Indonésia e a Malásia mostraram sinais de progresso na redução da perda florestal.
A situação exige uma resposta urgente para mitigar os danos e garantir a preservação das florestas, essenciais para o equilíbrio ambiental e a biodiversidade.
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