21 de mai 2025


Um em cada quatro jovens terá obesidade ou problemas mentais até 2030, aponta estudo
Estudo da Lancet alerta que, até 2030, um em cada quatro jovens enfrentará obesidade ou problemas mentais, exigindo ações imediatas.
Foto:Reprodução
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Um novo estudo da revista Lancet revela que, até 2030, um em cada quatro jovens entre 10 e 24 anos poderá enfrentar problemas de obesidade ou transtornos mentais. A pesquisa, realizada por uma comissão internacional de especialistas, estima que 464 milhões de adolescentes serão afetados globalmente, destacando a urgência de ações preventivas.
Os dados indicam que, em comparação a 2015, haverá um aumento de 143 milhões de jovens com sobrepeso ou obesidade. A situação é alarmante, especialmente em países da África e da Ásia, onde o número de casos cresceu até oito vezes na última década. Além disso, quase um terço dos adolescentes pode ser diagnosticado com anemia, o que prejudica o desenvolvimento físico e cognitivo.
Desigualdade e Saúde Mental
Os especialistas também alertam que 42 milhões de jovens enfrentarão problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, até 2030. A desigualdade socioeconômica é um fator crítico que impede a promoção da saúde entre esses jovens. Um estudo nacional no Brasil revelou que adolescentes de menor renda e negros têm acesso limitado a serviços de saúde.
A comissão da Lancet enfatiza que metade dos adolescentes do mundo vive em países onde problemas de saúde tratáveis, como HIV/AIDS e gravidez precoce, são ameaças diárias. Apesar de representarem 25% da população global, esses jovens recebem apenas 2,4% dos recursos destinados à saúde.
Impactos das Mudanças Climáticas
Os pesquisadores também destacam os desafios emergentes das mudanças climáticas e da transição digital. A geração atual de adolescentes é a primeira a crescer em um mundo afetado por desastres climáticos, que contribuem para a insegurança alimentar e aumentam os casos de anemia e transtornos mentais. O impacto das mídias sociais na saúde mental ainda é controverso, mas merece atenção.
Para reverter esse quadro, os autores do estudo pedem que os governos implementem políticas de saúde mais eficazes, garantindo acesso universal e promovendo ações de conscientização nas escolas. Medidas simples, como a proibição da venda de alimentos não saudáveis em cantinas escolares, podem ter um impacto significativo na saúde dos adolescentes.
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