23 de mai 2025
Crianças aprendem a impor limites e consentimento em saudações após a pandemia
Mudanças nas normas de saudação e afeto, impulsionadas pela pandemia, destacam a importância do consentimento nas interações infantis.
A empatia é a ferramenta chave para compreender como se sente o menor e respeitar seus ritmos e decisões. (Foto: Morsa Images/Getty Images)
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A pandemia alterou as normas de saudação e afeto entre crianças, que agora adotam saudações verbais e aprendem sobre consentimento em interações físicas. Especialistas destacam que essas mudanças são reflexo de um novo contexto social.
As tradições de saudação variam entre culturas. Em países como Espanha, é comum cumprimentar com apertos de mão ou beijos, enquanto na China, a reverência é parte do cumprimento. Em Marruecos, a saudação pode ser formal ou mais afetuosa, dependendo da relação. Essas práticas são aprendidas por imitação e repetição no ambiente familiar.
A pandemia trouxe mudanças significativas, pois muitos crianças cresceram em um contexto onde o contato físico era restrito. Durante esse período, visitas a hospitais foram limitadas, e mães deram à luz sozinhas, sem a presença de familiares. Assim, as crianças passaram a valorizar saudações verbais e a reservar o contato físico apenas para pessoas próximas, com quem se sentem confortáveis.
A pediatra Mar López enfatiza a importância de ensinar as crianças sobre limites e consentimento desde cedo. Em seu livro "El monstruo de los abrazos", ela aborda a necessidade de respeitar a autonomia dos menores. Estudos indicam que entre 70% e 85% dos abusos a crianças ocorrem no ambiente familiar, o que reforça a necessidade de educar sobre consentimento.
Os pediatras têm discutido com as crianças a importância de estabelecer limites em relação ao contato físico. Essa abordagem visa garantir que os menores compreendam que seu corpo é deles e que têm o direito de decidir sobre as interações físicas.
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