Brasil busca atrair cientistas dos EUA após ataques de Trump à pesquisa científica

O governo brasileiro, por meio do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciará medidas para atrair pesquisadores e cientistas que enfrentam cortes de financiamento nos Estados Unidos. A iniciativa surge em resposta à recente suspensão de recursos para pesquisas científicas pela administração de Donald Trump, que afetou universidades e centros de pesquisa.

Entre as ações planejadas, destaca-se o investimento em vacinas de mRNA, tecnologia que se mostrou crucial durante a pandemia de covid-19. Padilha afirmou que o Brasil pretende antecipar a implementação de plataformas de pesquisa nessa área na Fiocruz e no Instituto Butantã. O ministro também mencionou que um novo edital de financiamento será lançado, visando facilitar a volta ou colaboração de cientistas que se sentem inseguros nos EUA.

Além disso, o governo brasileiro busca facilitar a realização de pesquisas clínicas no país. Com a sanção de um novo marco regulatório em 2024, o Ministério da Saúde está desenvolvendo regulamentações que visam acelerar o processo de pesquisa e atrair cientistas. Padilha acredita que, mesmo que alguns pesquisadores não deixem os EUA, eles poderão colaborar à distância.

O edital específico para atrair cientistas que estão nos Estados Unidos será uma das principais estratégias do governo. Desde 2023, já foram implementadas ações que beneficiaram cerca de 2,5 mil cientistas. O ministro ressaltou que muitos pesquisadores podem não se sentir mais seguros nos EUA, o que torna as iniciativas brasileiras ainda mais relevantes. Além disso, Padilha está dialogando com a indústria farmacêutica para criar condições que incentivem a contratação de pesquisadores no Brasil.