Mergulhadoras desafiam os limites do corpo humano nas águas frias do Mar do Leste (Mar do Japão), na ilha sul-coreana de Jeju. (Foto: BBC)

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Haenyeo de Jeju: mergulhadoras desafiam limites e revelam segredos genéticos - Haenyeo de Jeju: mergulhadoras desafiam limites e revelam segredos genéticos

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As haenyeo, mergulhadoras da ilha de Jeju, na Coreia do Sul, têm uma tradição de mais de quatro séculos, reconhecida pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial. Recentemente, pesquisas revelaram adaptações genéticas que podem ajudar no tratamento de doenças crônicas, como hipertensão.

Essas mulheres mergulham até 15 metros de profundidade em busca de moluscos e outras criaturas marinhas. A profissão, que começou como uma atividade masculina, foi assumida por mulheres no século 17 devido à necessidade de prover para as famílias. Hoje, a população de haenyeo está em declínio, com menos de 3 mil mergulhadoras ativas, a maioria com mais de 60 anos.

Um estudo liderado pela geneticista Diana Aguilar Gómez, da Universidade da Califórnia, Berkeley, analisou o DNA das haenyeo e encontrou variantes genéticas que podem reduzir a pressão arterial e aumentar a resistência ao frio. Essas adaptações são relevantes, pois as mergulhadoras continuam a trabalhar mesmo durante a gravidez, o que pode aumentar o risco de pré-eclâmpsia.

Declínio da Profissão

O número de haenyeo caiu drasticamente, de mais de 30 mil na década de 1960 para menos de 3 mil atualmente. A transformação econômica de Jeju, que passou de uma economia baseada na pesca para o turismo, contribuiu para essa mudança. Muitas jovens não estão dispostas a seguir a tradição, preferindo empregos mais seguros e bem remunerados.

Iniciativas contemporâneas buscam preservar a cultura haenyeo. Um exemplo é o restaurante Pyeongdae Sunggae Guksu, que serve pratos feitos com produtos pescados pelas mergulhadoras. Além disso, Sohee Jin, uma jovem mergulhadora, tem utilizado as redes sociais para promover a profissão e atrair novas gerações.

As descobertas sobre as adaptações genéticas das haenyeo não apenas destacam a importância cultural dessa tradição, mas também abrem novas possibilidades para a medicina. As variantes genéticas identificadas podem ser relevantes para o tratamento de doenças vasculares em diversas populações ao redor do mundo.

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