Saúde

Haenyeo, as mergulhadoras da Coreia do Sul, revelam segredos genéticos para a medicina

Mergulhadoras da Coreia do Sul, as haenyeo, revelam adaptações genéticas que podem ajudar no tratamento de doenças crônicas e enfrentam um futuro incerto.

Maioria das haenyeo hoje tem mais de 60 anos. (Foto: Getty Images)

Maioria das haenyeo hoje tem mais de 60 anos. (Foto: Getty Images)

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As haenyeo, mergulhadoras da ilha de Jeju, na Coreia do Sul, enfrentam um declínio significativo. Com uma tradição que remonta a mais de quatro séculos, a maioria dessas mulheres tem mais de 60 anos. Reconhecidas pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial, elas mergulham em busca de moluscos e outros frutos do mar.

Pesquisas recentes indicam que o estilo de vida das haenyeo pode ter gerado adaptações genéticas que ajudam a tratar doenças crônicas, como hipertensão. Cientistas analisaram o DNA dessas mergulhadoras e descobriram variantes que podem reduzir a pressão arterial e aumentar a resistência ao frio. Essas adaptações são resultado de um treinamento intenso e de mergulhos em condições extremas.

Historicamente, as haenyeo surgiram no século 17, quando as mulheres assumiram a responsabilidade de prover para suas famílias. Com a ausência dos homens, elas moldaram uma sociedade matriarcal, onde o trabalho das mergulhadoras era respeitado e valorizado. No entanto, a profissão enfrenta desafios, como a falta de interesse das jovens em seguir essa tradição, que se tornou menos atrativa em um contexto de crescimento do turismo e do setor de serviços.

Iniciativas contemporâneas buscam revitalizar a tradição. Um exemplo é o restaurante Pyeongdae Sunggae Guksu, que serve pratos feitos com produtos pescados pelas haenyeo. Além disso, jovens mergulhadoras, como Sohee Jin, estão adaptando a profissão ao século 21, utilizando redes sociais para promover a cultura haenyeo e atrair novas gerações.

Apesar dos esforços, a população de haenyeo caiu drasticamente, de mais de trinta mil na década de 1960 para menos de três mil atualmente. Com mais de 80% das mergulhadoras na faixa etária acima de 60 anos, o futuro da tradição está em risco. O governo sul-coreano tem implementado medidas para preservar esse patrimônio, mas o impacto ainda é limitado.

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