27 de mai 2025
Insetos criam galhas para sobreviver a incêndios florestais no Cerrado brasileiro
Insetos no Cerrado adaptam se aos incêndios, criando galhas mais espessas. Estudo revela que 66% das larvas sobrevivem ao fogo.
Larvas de insetos estavam em estruturas carbonizadas, mas sobreviveram. (Foto: Arquivo Pessoal/Jean Carlos Santos)
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Uma pesquisa da Universidade Federal de Sergipe revelou que insetos estão desenvolvendo galhas mais espessas para sobreviver aos incêndios florestais no Brasil. O país enfrenta um ciclo de chamas que afeta diversos biomas, incluindo o Cerrado, onde a vegetação nativa tem sido severamente impactada.
Após um incêndio que queimou uma área de preservação no Cerrado, em Minas Gerais, os pesquisadores coletaram galhas de árvores. Apesar de estarem queimadas por fora, 66% das larvas abrigadas nas galhas queimadas conseguiram sobreviver. O estudo analisou galhas de quarenta árvores, sendo algumas expostas ao fogo e outras não. As galhas das áreas queimadas apresentavam sinais de carbonização e estavam em locais atingidos por calor intenso.
Os pesquisadores descobriram que, em vinte das galhas analisadas, todas as larvas resistiram às chamas. Essa adaptação levanta questões sobre se os insetos estão modificando a forma de construir galhas, tornando-as mais espessas para garantir a sobrevivência. O estudo sugere que esses achados podem incentivar novas pesquisas sobre a adaptação dos insetos ao fogo.
No último ano, 9,7 milhões de hectares foram queimados no Cerrado, sendo 85% dessa área de vegetação nativa, principalmente formações savânicas. Em comparação com 2023, houve um aumento de 91% na área queimada, tornando este o maior incêndio desde 2019.
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