Camboja registra nova morte por gripe aviária e totaliza óbitos humanos em 2023

O Ministério da Saúde do Camboja confirmou, nesta quarta-feira, a morte de uma criança de 11 anos devido à gripe aviária H5N1. Este é o quarto óbito registrado no país em 2025 e o sexto no mundo. O menino, residente na província de Kampong Speu, apresentou sintomas como febre alta, tosse e dificuldade respiratória antes de ser hospitalizado, mas não sobreviveu.

As investigações iniciais indicam que aves domésticas na região da residência da criança apresentaram doenças e mortes dias antes do início dos sintomas. O ministério está realizando investigações para determinar a origem da infecção e identificar contatos próximos. Distribuição do antiviral Tamiflu está sendo feita para aqueles que tiveram contato com a vítima, além de ações de educação em saúde na aldeia.

Em janeiro, um homem de 28 anos que criava aves foi a primeira vítima fatal da gripe aviária no Camboja em 2025. Nos meses seguintes, duas crianças, de dois e três anos, também morreram após contato com aves doentes. Além dos casos no Camboja, os Estados Unidos registraram a primeira morte pela doença em janeiro, um idoso com condições médicas preexistentes que teve contato com aves.

A gripe H5N1 tem se espalhado globalmente, com 1.072 rebanhos afetados em 17 estados dos EUA desde março do ano passado. Em abril, foram confirmadas mais duas mortes: uma criança de três anos no México e uma menina de dois anos na Índia. A origem da contaminação em ambos os casos está sob investigação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 10 casos de infecção em humanos em 2025, totalizando 973 casos desde 2023, com uma taxa de letalidade de 48,3%. No Brasil, a gripe aviária foi detectada pela primeira vez em aves em maio de 2023, mas não há registros de transmissão entre humanos. O risco para a população geral é considerado baixo, embora a cepa H5N1 tenha se espalhado para novas espécies de mamíferos.