Frio intensifica riscos de doenças respiratórias e exige cuidados redobrados

Com a queda brusca de temperatura no Brasil, pelo menos oito capitais devem registrar a menor média de 2025 nos próximos dias. Especialistas alertam para a necessidade de atenção redobrada à saúde respiratória, já que o frio, embora não cause gripe diretamente, enfraquece o sistema respiratório.

O ar frio resseca o muco que protege as vias aéreas, tornando-as mais vulneráveis a infecções. Pessoas com doenças respiratórias crônicas, como asma e rinite, estão em maior risco. Além disso, ambientes fechados e mal ventilados favorecem a circulação de vírus, aumentando a probabilidade de contágio.

A pneumologista Marcela Ximenes, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), explica que o ressecamento do muco nasal compromete a defesa natural do organismo. Com o ar gelado, a atividade dos cílios nas vias respiratórias diminui, dificultando a eliminação de impurezas. Isso facilita a entrada de vírus e bactérias, que podem causar doenças como gripe e pneumonia.

Medidas Preventivas

Para minimizar os riscos, especialistas recomendam algumas medidas. Hidratação e lavagem nasal são essenciais para manter o muco nasal hidratado. A vacinação contra a gripe é a principal forma de proteção, pois, mesmo que não evite a infecção, reduz a gravidade dos sintomas.

Além disso, usar máscara ou cachecol ao sair em dias frios pode ajudar a proteger o rosto do ar gelado. A higiene das mãos também é crucial; lavar as mãos e usar álcool em gel previne a contaminação por gotículas invisíveis que podem conter vírus.

Estima-se que mais de quinhentos milhões de pessoas no mundo se infectem anualmente com o vírus influenza, resultando em até seiscentas e cinquenta mil mortes. Os sintomas incluem coriza, tosse forte, febre alta e dores no corpo. Portanto, é fundamental adotar medidas preventivas para proteger a saúde durante o frio.