30 de mai 2025
Quase 4 bilhões de pessoas enfrentaram calor extremo em 2024 devido à mudança climática
Quase 4 bilhões de pessoas enfrentaram um mês extra de calor extremo em 2024, com Aruba registrando 187 dias de temperaturas alarmantes.
Pôr do sol nas dunas de Mesquite Flat, no Parque Nacional do Vale da Morte, próximo a Furnace Creek, durante onda de calor no sul da Califórnia, em 7 de julho de 2024. (Foto: Etienne Laurent/AFP)
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Metade da população mundial enfrentou um mês adicional de calor extremo em 2024 devido à mudança climática, segundo um estudo divulgado na sexta-feira, 30 de maio. A pesquisa, realizada pelo grupo World Weather Attribution, Climate Central e o Centro Climático da Cruz Vermelha, destaca os impactos da queima de combustíveis fósseis na saúde global.
Os pesquisadores analisaram dados entre 1º de maio de 2024 e 1º de maio de 2025, definindo "dias de calor extremo" como aqueles em que as temperaturas superaram 90% das registradas entre 1991 e 2020. Cerca de 4 bilhões de pessoas, ou 49% da população mundial, vivenciaram pelo menos 30 dias adicionais de calor extremo. Aruba foi a mais afetada, com 187 dias de calor extremo, 142 a mais do que o esperado em um cenário sem aquecimento global.
O estudo foi publicado antes do Dia Mundial de Ação contra o Calor, que ocorre em 2 de junho. Os autores ressaltam que a onda de calor de 2024 foi a mais intensa já registrada, com temperaturas globais 1,3 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. Além disso, em 2024, as temperaturas superaram o limite simbólico de 1,5°C estabelecido pelo Acordo de Paris.
A pesquisa também aponta a falta de dados sobre os impactos do calor em regiões de baixa renda. Enquanto a Europa registrou mais de 61 mil mortes relacionadas ao calor em 2022, dados semelhantes são escassos em outras partes do mundo. Os autores enfatizam a necessidade de sistemas de alerta precoce e planos de ação adaptados às cidades.
A adaptação, no entanto, não será suficiente. Os pesquisadores alertam que a única forma de conter a gravidade e a frequência do calor extremo é eliminar rapidamente os combustíveis fósseis.
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