Reino Unido proíbe venda de vapes descartáveis e alerta sobre riscos ambientais

A partir de 1º de junho, a venda de vapes descartáveis será proibida no Reino Unido. A medida visa reduzir o impacto ambiental e os riscos de incêndios associados ao descarte inadequado desses dispositivos. A proibição não criminaliza a posse, mas penaliza varejistas e distribuidores.

A decisão foi motivada por uma pesquisa que revelou que mais de um milhão de vapes são descartados diariamente no país. Esses dispositivos, quando jogados fora de forma inadequada, podem ser tóxicos para a fauna e flora, além de causarem incêndios. A varejista online Haypp informou que 82% dos clientes entrevistados pretendem estocar vapes antes da proibição.

A Associação de Governos Locais (LGA) alertou sobre os riscos de estocar esses produtos, que contêm baterias de lítio propensas a incêndios. O número de incêndios relacionados a vapes aumentou de 89 em 2020 para 399 em 2024. As baterias, muitas vezes baratas e não regulamentadas, carecem de segurança adequada, tornando-as perigosas.

Impacto Ambiental e Saúde Pública

A proibição também busca combater o uso crescente de vapes entre os jovens. Dados da Action on Smoking and Health indicam que o uso de produtos descartáveis caiu de 30% para 24%. O governo britânico destacou que mais da metade das crianças que usam vapes preferem modelos descartáveis.

As lojas devem oferecer um serviço de devolução para reciclagem dos vapes. O Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) afirmou que a proibição ajudará a reduzir o lixo nas escolas e nas ruas.

Embora a medida tenha sido bem recebida por ambientalistas, alguns críticos argumentam que é apenas um passo inicial. A Greenpeace UK classificou a proibição como um avanço, mas insuficiente diante da quantidade de plástico ainda gerada. A expectativa é que novas legislações restrinjam ainda mais a embalagem e a comercialização de vapes, especialmente aqueles voltados para o público jovem.