Niterói registra aumento significativo de doenças respiratórias em 2025

O aumento das doenças respiratórias em Niterói segue uma tendência observada em várias regiões do Brasil. Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam um crescimento significativo nos casos. O Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) registrou um aumento de 30% nos atendimentos por doenças respiratórias em abril e maio, em comparação ao primeiro trimestre deste ano.

Na emergência adulta, os casos mais comuns são de influenza tipo A e B. Na pediatria, além da influenza, destaca-se o vírus sincicial respiratório. O gerente médico das emergências do CHN, Thiago Mattos, afirmou que, em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 10% a 15% nos casos respiratórios. Ele ressaltou a importância da vacinação e de evitar locais fechados.

O Hospital Niterói D’Or também observou um aumento expressivo nos atendimentos. Em abril, os atendimentos subiram de 1.052 para 1.596, representando um aumento de 51,7%. Em maio, o número saltou de 794 para 2.479, um crescimento de 212%. O diretor do hospital, Valter Maluly, destacou que o planejamento do atendimento já considera essa sazonalidade.

Situação nas Emergências

A Secretaria Municipal de Saúde informou que, em maio, foram registrados 5.124 atendimentos por doenças respiratórias nas emergências do Getulinho e do Mário Monteiro. A cidade já aplicou mais de 80 mil doses da vacina contra a influenza. A secretária municipal de Saúde, Ilza Fellows, enfatizou a importância da vacinação para a proteção da população.

Moradores da Região Oceânica relataram a superlotação nas emergências. Um jornalista e sua esposa enfrentaram longas esperas devido a problemas respiratórios. Ele comentou que a situação é preocupante, com muitos pacientes apresentando sintomas semelhantes. Outra moradora, Ângela Ferreira, também notou a lotação e destacou a gravidade da gripe.

O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado recentemente, aponta que a influenza A está em crescimento na maior parte do país. A análise indica um aumento de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por vírus sincicial respiratório, especialmente em crianças. A pesquisadora Tatiana Portella reforçou a importância da vacinação para todas as faixas etárias.