03 de jun 2025
Camisinha ainda é ignorada por muitos homens, revela pesquisa sobre sexualidade
Apenas 22,8% dos brasileiros usam preservativo em todas as relações; sífilis e outras ISTs crescem, exigindo urgente educação sexual.
Camisinha previne doenças. (Foto: Pexels)
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A resistência ao uso de preservativos no Brasil continua alta, mesmo após 40 anos do primeiro caso de aids. Em 2023, apenas 22,8% dos brasileiros sexualmente ativos relataram usar preservativo em todas as relações. Além disso, foram notificados 242.826 casos de sífilis adquirida, destacando a urgência de uma educação sexual contínua.
As campanhas de prevenção à aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são quase inexistentes atualmente. A Lei 13.504/2017 estabelece a realização de campanhas nacionais, como o Dezembro Vermelho, mas essas iniciativas são pontuais e não suficientes. A falta de diálogo sobre prevenção contribui para a resistência ao uso do preservativo, com muitos homens alegando que ele diminui a sensibilidade.
A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2023 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, revelou que 59% dos entrevistados não usaram preservativo nenhuma vez em suas relações. A média de idade para o início da vida sexual é de 12,7 anos para homens e 13,8 anos para mulheres, o que torna essencial a discussão sobre o uso de preservativos desde cedo.
Dados globais também são alarmantes. O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids) registrou que 39,9 milhões de pessoas viviam com o vírus em 2023, com 1,3 milhão de novas infecções no mesmo ano. Apesar dos avanços na ciência, o uso do preservativo permanece fundamental para a prevenção de ISTs, incluindo HPV e blenorragia. A promoção de políticas públicas e a educação sexual são essenciais para mudar esse cenário.
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