Saúde

Humanos cicatrizam mais lentamente que outros mamíferos, revela estudo científico

Cicatrização humana é mais lenta que a de outros mamíferos, levantando questões sobre a evolução da pele e suas implicações.

Os pesquisadores compararam as taxas de cicatrização de humanos e chimpanzés e concluíram que a cura lenta é algo específico dos humanos. (Foto: Tierfotoagentur / Alamy Stock Photo)

Os pesquisadores compararam as taxas de cicatrização de humanos e chimpanzés e concluíram que a cura lenta é algo específico dos humanos. (Foto: Tierfotoagentur / Alamy Stock Photo)

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Um estudo recente publicado na revista Proceedings of the Royal Society B revelou que as feridas humanas cicatrizam mais lentamente do que as de outros mamíferos, como chimpanzés e ratos. A pesquisa, conduzida por cientistas do Instituto de Ciências Evolutivas da Universidade de Montpellier, analisou a taxa de cicatrização em humanos e primatas, levantando questões sobre a evolução da pele humana.

Os pesquisadores recrutaram vinte e quatro pacientes do Hospital Universitário de Ryukyus, no Japão, que haviam passado por cirurgias para remoção de tumores. Além disso, cinco chimpanzés do Santuario de Kumamoto, no Japão, e primatas como babuínos e macacos foram estudados no Instituto de Pesquisa de Primatas na África. As feridas foram monitoradas ao longo do tempo, e os resultados mostraram que os mamíferos não humanos cicatrizavam a uma taxa média de 0,61 milímetros por dia, enquanto os humanos apresentaram uma taxa de apenas 0,25 milímetros.

Implicações Evolutivas

A pesquisa sugere que a cicatrização lenta dos humanos não é uma característica comum entre os mamíferos. Michel Raymond, um dos autores do estudo, destacou que essa diferença já era suspeitada, mas nunca havia sido medida de forma sistemática. A questão que surge é: por que os humanos evoluíram para cicatrizar mais lentamente?

Uma hipótese aponta para a perda de pelos ao longo da evolução. Os ancestrais humanos, ao se adaptarem ao ambiente da savana africana, trocaram o pelo por uma pele mais exposta e glândulas sudoríparas, que são eficazes para resfriamento, mas menos eficientes na cicatrização. Animais peludos, por outro lado, possuem folículos capilares que ajudam na recuperação rápida de feridas.

Questões Futuras

Os pesquisadores sugerem que a cicatrização lenta pode ter sido um subproduto de adaptações que trouxeram mais benefícios, como a socialização e o uso de plantas medicinais para tratar feridas. Essa dinâmica pode ter permitido que os primeiros humanos superassem as desvantagens de uma recuperação mais lenta. A pesquisa abre novas discussões sobre a evolução humana e suas implicações na saúde.

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