Bayer planeja lançar novos tratamentos para câncer de pulmão e menopausa na América Latina

A Bayer, farmacêutica alemã, planeja lançar duas novas moléculas na América Latina para o tratamento do câncer de pulmão e dos sintomas da menopausa. A expectativa é que a aprovação nos Estados Unidos ocorra em breve, permitindo a introdução dos produtos na região. Adib Jacob, chefe da divisão farmacêutica da Bayer para a América Latina, confirmou a informação à Bloomberg Línea.

O tratamento oncológico é direcionado a uma mutação específica do gene HER2, presente em cerca de 20% dos casos de câncer de pulmão. Jacob destacou que essa abordagem, chamada de terapia-alvo, ataca apenas as células afetadas, preservando as saudáveis. O lançamento global está previsto para os próximos dezoito a vinte e quatro meses.

Além disso, a Bayer está avançando com um tratamento não hormonal para os sintomas da menopausa, como ondas de calor e distúrbios do sono. A aprovação nos EUA é esperada em dois a três meses, seguida pelo lançamento na América Latina. Ambos os tratamentos serão disponibilizados em forma de comprimidos para uso diário.

Expansão e Pesquisa

Atualmente, a Bayer possui trinta projetos de pesquisa em andamento, com quarenta por cento do pipeline focado em oncologia. O produto Nubeqa, utilizado no tratamento do câncer de próstata, já se tornou um dos mais importantes da empresa na região, com vendas projetadas de € 100 milhões em 2025.

Jacob ressaltou que o acesso a medicamentos é um desafio global. Ele defendeu que os preços devem ser ajustados à realidade econômica de cada país e que os medicamentos precisam ter um perfil farmacoeconômico sólido. Modelos de financiamento, como o risco compartilhado, estão sendo considerados para garantir que os tratamentos cheguem aos pacientes.

A Bayer também planeja expandir sua produção na América Latina, com uma nova planta na Costa Rica voltada para sistemas intrauterinos hormonais. A empresa já possui fábricas no México e na Argentina, que produzem contraceptivos e Aspirina, respectivamente.