04 de jun 2025
Microalgas removem antibióticos da água e geram biomassa para biodiesel
Microalgas podem reduzir até 42% de antibióticos na água e gerar biomassa para biodiesel, aponta estudo da UFABC e USP.
Foto: Reprodução
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Microalgas podem reduzir contaminação por antibióticos na água
Um estudo recente revelou que a microalga Monoraphidium contortum tem potencial para remover de 27% a 42% de antibióticos, como sulfametoxazol e trimetoprima, de corpos d'água. A pesquisa, publicada no Biochemical Engineering Journal, foi realizada por cientistas da Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e Universidade de São Paulo (USP), com apoio da Fapesp.
Os pesquisadores cultivaram a microalga em um fotobiorreator, simulando condições comuns em efluentes brasileiros. Marcelo Chuei Matsudo, professor da UFABC, explicou que a microalga não apresentou prejuízo em seu crescimento em baixas concentrações dos antibióticos, que frequentemente não são removidos em estações de tratamento de esgoto.
Além da remoção de poluentes, a microalga gerou biomassa com potencial para a produção de biodiesel. Marcus Vinicius Xavier Senra, outro pesquisador do estudo, sequenciou o genoma da microalga e identificou um gene que pode estar relacionado à degradação dos antibióticos.
Os antibióticos não metabolizados por humanos e animais são excretados e frequentemente não são eliminados pelos processos convencionais de tratamento de esgoto. Isso pode levar à contaminação ambiental e à resistência bacteriana. Matsudo destacou a urgência de tecnologias que removam esses micropoluentes, mencionando que a biorremediação com microalgas é uma abordagem promissora para o tratamento de águas residuais.
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