Saúde

Pacientes com linfoma celebram remissão após tratamento inovador com células CAR-T

Investimentos do governo em pesquisas de terapia CAR T prometem ampliar o acesso a tratamentos inovadores para linfoma no Brasil.

Paulo Peregrino, em sua casa em Niterói (RJ), um ano após passar pelo tratamento com células CAR-T. (Foto: Pedro Kirilos/Estadão)

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Pacientes tratados com terapia CAR-T seguem em remissão no Brasil

Há um ano, o tratamento com células CAR-T para linfoma não-Hodgkin ganhou destaque no Brasil após casos de remissão completa. Recentemente, pacientes continuam a apresentar resultados positivos, levando o governo a investir em pesquisas para desenvolver versões nacionais da terapia.

O publicitário Paulo Peregrino, de 62 anos, foi um dos primeiros a se beneficiar do tratamento. Após anos de recidivas, ele recebeu a infusão de células CAR-T em março de 2023 e, em abril, já apresentava exames sem sinais da doença. “Todo dia 24 de março é meu segundo aniversário”, celebra Peregrino.

Outro caso é o do empresário Luiz Hipólito da Rocha, de 75 anos, que também obteve remissão após receber a terapia em fevereiro de 2023. “Foi um grande alívio quando o CAR-T funcionou”, afirma seu filho, Rodrigo Seabra da Rocha. A servidora pública Ana Cleire Marques Diógenes, de 62 anos, segue sem sinais de linfoma após o tratamento em fevereiro do ano passado.

Investimentos em pesquisa

O governo federal anunciou um aporte de R$ 100 milhões para pesquisas em terapias CAR-T, com foco no desenvolvimento de produtos nacionais. A expectativa é que, se os resultados forem positivos, a terapia esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) em dois ou três anos. Além disso, um investimento de R$ 330 milhões foi destinado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a produção de células CAR-T.

Os especialistas ressaltam que, embora a terapia tenha mostrado resultados promissores, nem todos os pacientes obtiveram sucesso. Dados internacionais indicam que entre 40% e 50% dos pacientes tratados com CAR-T estão vivos após dois anos. A eficácia da terapia é maior em pacientes com menor carga tumoral e em estágios iniciais da doença.

Desafios e perspectivas

Os médicos enfrentam desafios na liberação de tratamentos, com pacientes frequentemente precisando recorrer à Justiça para obter autorização. A demora na preparação e infusão das células também é uma preocupação, com o tempo médio sendo de 101 dias.

Os avanços na terapia CAR-T trazem esperança não apenas para os pacientes, mas também para a possibilidade de um tratamento mais acessível no futuro. “Espero que ele chegue logo ao SUS e salve muitas vidas”, afirma Ana Cleire.

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