Saúde

Polícia e Guarda Civil dispersam usuários de drogas no centro de São Paulo

Aumento das dispersões de usuários de drogas no centro de São Paulo gera polêmica; moradores reclamam do barulho e da eficácia das ações.

Dependentes químicos concentrados sob o elevado Presidente João Goulart, no centro de São Paulo. (Foto: Bruno Santos - 22.mai.25/Folhapress)

Dependentes químicos concentrados sob o elevado Presidente João Goulart, no centro de São Paulo. (Foto: Bruno Santos - 22.mai.25/Folhapress)

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A Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana intensificaram a dispersão de usuários de drogas no centro de São Paulo, utilizando sirenes para afastá-los. A ação visa evitar a formação de novas cracolândias. Moradores da região reclamam do barulho, especialmente durante a madrugada, e questionam a eficácia da abordagem.

Desde o dia 23 de maio, a polícia tem atuado em pontos como as avenidas São João e Duque de Caxias. Imagens mostram a dispersão frequente, com usuários sendo tratados como gado, segundo relatos de moradores. Eles afirmam que a tática não resolve o problema, já que os dependentes químicos se deslocam para outras áreas, sem um local fixo.

A gestão municipal, sob Ricardo Nunes (MDB), nega ter ordenado as ações. Em nota, a prefeitura afirma que a Guarda Civil atua em patrulhamento preventivo e apoia equipes de saúde e assistência social. De janeiro a abril, foram registrados 9.947 encaminhamentos de dependentes químicos para atendimento, um aumento de 29% em relação ao mesmo período de 2024.

Críticas e Defensores

Especialistas criticam a abordagem policial. Arthur Pinto Filho, da Promotoria da Saúde Pública, considera a ação ilegal e cruel, afirmando que os usuários estão nas ruas por falta de moradia e emprego. O psiquiatra Flavio Falcone também vê a tática como ineficaz, ressaltando que a abordagem não leva os dependentes a buscar ajuda.

Por outro lado, Charles Resolve, presidente da Associação Geral do Centro de São Paulo, defende a ação da polícia, afirmando que ela ocorre em resposta a solicitações de moradores devido ao barulho e ao tráfico na região. A Secretaria da Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) considera o centro uma prioridade e afirma que as ações visam monitorar aglomerações e informar os usuários sobre serviços de saúde disponíveis.

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