04 de jun 2025
Movimentos sociais se unem em protesto contra austeridade do governo Milei em Buenos Aires
Protestos em Buenos Aires reúnem aposentados, médicos e feministas contra cortes do governo Milei, exigindo melhores salários e direitos.
Uma manifestante protesta frente ao Congresso este miércoles em Buenos Aires, Argentina. (Foto: Natacha Pisarenko/AP)
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A mobilização contra os cortes orçamentários do governo de Javier Milei ganhou força em Buenos Aires nesta quarta-feira (4). A manifestação, que reuniu aposentados, médicos, cientistas e feministas, ocorreu em frente ao Congresso, onde a oposição tentava debater um aumento nas aposentadorias. Os protestos refletem a insatisfação com os cortes em áreas essenciais como saúde, educação e assistência social.
Os participantes, que se uniram em uma marcha histórica, exigiram o fim das políticas de austeridade que têm impactado negativamente suas vidas. Os aposentados, que enfrentam a perda de poder aquisitivo, foram os protagonistas do ato, que também contou com a presença de grupos de pessoas com deficiência e profissionais da saúde. Os médicos residentes do Hospital Garrahan, referência no atendimento pediátrico, protestaram contra os baixos salários, que não superam R$ 3.741,40 mensais.
O governo Milei, que já havia anunciado cortes significativos, enfrenta crescente pressão para reverter suas políticas. Recentemente, o presidente afirmou que vetará qualquer aumento de gastos, o que gera incertezas sobre o futuro das propostas em debate. A insatisfação popular se intensificou após o governo oferecer um bônus de R$ 2.380, que foi considerado insuficiente pelos residentes do Garrahan, levando-os a manter a greve.
A mobilização também teve um caráter simbólico, com os manifestantes se vestindo como personagens da série "Eternauta", que retrata a luta contra um sistema opressor. Os protestos, que ocorrem semanalmente, têm se tornado o principal foco de resistência às políticas de Milei, com a participação crescente de diversos setores da sociedade. A proximidade das eleições legislativas, marcadas para o dia 26 de outubro, aumenta a pressão sobre o governo, que busca justificar suas medidas com a necessidade de controlar a inflação.
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