05 de jun 2025
Crianças nascidas a partir de 2020 enfrentarão graves riscos devido às mudanças climáticas
Crianças nascidas a partir de 2020 enfrentarão sérios riscos de saúde e aprendizado devido às mudanças climáticas, alerta relatório.
Efeito do calor em bebês e crianças até 6 anos é maior do que em adultos. (Foto: Werther Santana/Estadao)
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Pessoas nascidas a partir de 2020 enfrentarão riscos elevados de problemas de aprendizagem, doenças infecciosas e mortalidade devido às mudanças climáticas, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira, cinco de junho. O estudo, realizado pelo Núcleo Ciência pela Infância (NCPI), destaca que os efeitos adversos afetarão a saúde de adultos e idosos no futuro.
O relatório aponta que as crianças na primeira infância (de zero a seis anos) serão particularmente vulneráveis. Cerca de 18 milhões de brasileiros estão nessa faixa etária, representando 8,9% da população. Os nascidos em 2020 enfrentarão seis vezes mais ondas de calor e quase três vezes mais inundações e secas do que a geração dos anos 1960. Esses fenômenos climáticos são especialmente prejudiciais para bebês e crianças pequenas.
A professora e chefe do departamento de Saúde Global e População da Universidade de Harvard, Marcia Castro, explica que o risco de estresse térmico é maior para crianças, pois elas não conseguem regular a temperatura corporal como os adultos. Isso pode resultar em problemas de desenvolvimento e saúde, incluindo dificuldades para dormir e inflamações. Crianças que vivem em áreas com precariedade habitacional e alta densidade populacional estão ainda mais expostas a esses riscos.
Impactos na Educação e Segurança Alimentar
Em 2024, 1,1 milhão de crianças e adolescentes tiveram aulas suspensas no Brasil devido a eventos climáticos, como alagamentos. As migrações forçadas por desastres naturais também prejudicam a continuidade dos estudos e a socialização das crianças.
Além disso, a crise climática tem causado perdas na agricultura, afetando a produção de alimentos básicos como arroz e milho. Um em cada três crianças de zero a quatro anos no Brasil enfrenta insegurança alimentar, com cinco por cento apresentando desnutrição crônica e dezoito por cento em risco de sobrepeso, segundo dados do Unicef e da Organização Mundial de Saúde.
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