Saúde

Mariangela Hungria é premiada com o World Food Prize por inovações em bioinsumos

Mariangela Hungria, premiada com o World Food Prize, planeja criar o Instituto H3 para apoiar mulheres na ciência e comunicação.

Ela era ‘a menina que perguntava demais’. E agora recebeu o ‘Nobel da agricultura' |'Muitos diziam que biológicos eram coisa de agricultura alternativa, de nicho. Mostramos que dá para ser sustentável sem abrir mão da produtividade', disse Mariangela Hungria à Bloomberg Línea(Antonio Neto)

Ela era ‘a menina que perguntava demais’. E agora recebeu o ‘Nobel da agricultura' |'Muitos diziam que biológicos eram coisa de agricultura alternativa, de nicho. Mostramos que dá para ser sustentável sem abrir mão da produtividade', disse Mariangela Hungria à Bloomberg Línea(Antonio Neto)

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Mariangela Hungria, uma renomada cientista brasileira, foi agraciada com o World Food Prize em maio de 2025. A premiação reconhece seu trabalho inovador na utilização de microrganismos que melhoram a fixação de nitrogênio na soja, impactando quase 40% da área cultivada no Brasil. Hungria, que sempre sonhou em ser cientista, foi inspirada por sua avó e pela biografia de Marie Curie.

Ao longo de sua carreira, Hungria enfrentou desafios significativos, incluindo preconceitos de gênero e barreiras sociais. Em entrevista, ela destacou que ouviu muitos “nãos” por ser mulher e por suas circunstâncias pessoais. Sua trajetória inclui a mentoria de Joana Doberainer, uma referência em biologia do solo, que a apoiou em um ambiente predominantemente masculino.

O trabalho de Hungria consiste na identificação de microrganismos que dispensam o uso de fertilizantes químicos, promovendo uma agricultura mais sustentável. A técnica de reinoculação anual e a co-inoculação com diferentes tipos de bactérias se tornaram referência no Brasil. A cientista expressou sua surpresa com a repercussão do prêmio, que uniu diversos setores em torno da causa da sustentabilidade.

Instituto H3

Além de seu trabalho no campo, Hungria planeja criar o Instituto H3, que visa apoiar mulheres em ciência e comunicação. O nome do instituto é uma homenagem às três gerações de mulheres de sua família. A iniciativa busca premiar e incentivar mulheres que atuam em áreas como ciência agrícola e comunicação, refletindo a importância da diversidade e inclusão.

Hungria acredita que o Brasil tem uma grande oportunidade de se reinventar no setor agropecuário, promovendo práticas sustentáveis. Ela enfatiza a necessidade de diálogo entre diferentes perfis de produtores para enfrentar desafios climáticos e sociais. A cientista também mencionou a importância da educação como um dos principais gargalos a serem superados.

Com sua trajetória inspiradora, Mariangela Hungria se destaca como um exemplo de superação e inovação, contribuindo significativamente para a agricultura brasileira e para a promoção da igualdade de gênero na ciência.

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