Saúde

Anestesista relata caos e sofrimento em hospital de Gaza após ofensiva israelense

Anestesiologista espanhol relata a devastação em Gaza, com hospitais danificados e escassez de alimentos e medicamentos, enquanto a crise humanitária se agrava.

Raúl Incertis com Suleiman, um jovem amputado após um bombardeio israelense, no Hospital Nasser de Jan Yunis, na segunda-feira. (Foto: Raúl Incertis)

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Raúl Incertis, anestesista espanhol, retornou a Gaza em abril de 2024, após ser evacuado três semanas após o início da guerra em 7 de outubro de 2023. Ele descreve a situação como "um inferno", com hospitais danificados e uma crise humanitária severa, marcada pela escassez de alimentos e medicamentos.

O Hospital Nasser, onde Incertis trabalha, é o maior centro de saúde ainda em funcionamento na região. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 94% das instalações de saúde em Gaza estão danificadas ou destruídas. Incertis relata que o hospital já foi atacado duas vezes desde sua chegada, resultando em mortes e feridos entre pacientes e jornalistas.

A situação alimentar é crítica. Um quilo de farinha custa aproximadamente 30 dólares, enquanto arroz e pasta estão em torno de 10 dólares. A população de Gaza, que soma 2,1 milhões, enfrenta insegurança alimentar devido ao bloqueio israelense. Incertis destaca que muitos de seus colegas vivem em condições precárias, em abrigos improvisados, e enfrentam dificuldades para encontrar alimentos.

O trabalho no hospital é desgastante. Em um dia normal, a equipe realiza entre 15 e 30 cirurgias, mas em situações críticas, esse número pode aumentar significativamente. A falta de anestésicos e materiais médicos é alarmante, levando os profissionais a reutilizar equipamentos e racionar medicamentos. Incertis enfatiza que a situação é insustentável e que a ajuda humanitária é essencial.

Ele pede que as pessoas vejam a realidade em Gaza, com imagens de crianças feridas e a devastação generalizada. "É deliberado, atacam civis intencionalmente," afirma, referindo-se aos ataques a áreas densamente povoadas. Incertis se compromete a permanecer no hospital até que não haja mais pacientes a atender, apesar da pressão constante e da deterioração da situação.

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