06 de jun 2025
Brasil enfrenta alta taxa de demência sem diagnóstico e busca soluções eficazes
Cientistas brasileiros descobriram biomarcadores no sangue que podem diagnosticar Alzheimer com mais de 90% de precisão, revolucionando o tratamento.
Solidão na velhice aumenta em 31% o risco de desenvolver demência. (Foto: Pixabay)
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Cientistas brasileiros descobriram biomarcadores no sangue que podem facilitar o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer, com precisão superior a 90%. A pesquisa, publicada na revista Nature Communications, representa um avanço significativo na detecção de demências, especialmente em um país onde cerca de 80% dos casos permanecem sem diagnóstico.
O estudo foi realizado pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras instituições. Os pesquisadores analisaram 145 idosos e identificaram biomarcadores como NfL, GFAP, pTau181 e pTau217, que indicam alterações cerebrais associadas ao Alzheimer. A presença do biomarcador pTau217 se destacou por seu alto índice de acerto na identificação da doença.
A doença de Alzheimer é a principal causa de demência no Brasil, que enfrenta um desafio crescente devido ao envelhecimento da população. Estima-se que até 2030, o número de pessoas com demência no país chegue a 2,8 milhões. A falta de conscientização e a formação inadequada de profissionais de saúde contribuem para a alta taxa de diagnósticos perdidos.
Desafios e Oportunidades
O relatório do Economist Impact destaca que apenas 20% dos casos de demência são diagnosticados no Brasil, em comparação com 54% na Europa. O diretor médico da farmacêutica Eli Lilly, Luiz André Magno, enfatiza a necessidade de ações coordenadas para melhorar o diagnóstico e o suporte a cuidadores.
Além disso, o estudo da USP aponta que 54% dos casos de demência na América Latina poderiam ser evitados com o controle de fatores de risco como diabetes e hipertensão. A prevenção e a capacitação de profissionais da saúde são essenciais para enfrentar essa realidade.
A descoberta dos biomarcadores sanguíneos pode revolucionar o acesso ao diagnóstico e tratamento da doença de Alzheimer, oferecendo uma nova esperança para milhões de brasileiros que ainda não receberam o diagnóstico adequado.
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