06 de jun 2025
Corte de bilhões em saúde pode deixar 11 milhões sem seguro nos EUA
Corte de programas de saúde pode deixar 11 milhões sem cobertura; novas exigências de trabalho para Medicaid estão em pauta.
Foto: Reprodução
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A proposta da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, chamada "One Big Beautiful Bill Act", pode resultar na perda de cobertura de saúde para 11 milhões de pessoas. O projeto, que visa cortes em programas como Medicaid e na Lei de Cuidados Acessíveis (Obamacare), busca financiar cortes de impostos de quase R$ 4 trilhões.
O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) estima que 4 milhões de pessoas perderão a cobertura devido ao fim dos subsídios do Obamacare, que não serão estendidos. As novas exigências de trabalho para o Medicaid afetarão indivíduos de 19 a 64 anos que não possuam isenções, exigindo que comprovem 80 horas de trabalho mensais. A proposta também prevê que os estados realizem verificações frequentes para garantir a elegibilidade.
O impacto dos cortes em Medicaid será amplo, segundo especialistas. A proposta elimina mais de R$ 900 bilhões em financiamento para programas de saúde ao longo de uma década. A diretora de política do Medicaid no Centro de Orçamento e Prioridades de Políticas, Allison Orris, afirma que "nenhuma população está a salvo" de tais cortes.
Consequências para o Seguro de Saúde
A legislação pode levar a um aumento significativo no número de pessoas sem seguro. A estimativa é que 10,3 milhões perderão o Medicaid, resultando em 7,8 milhões sem cobertura de saúde. Além disso, o projeto interrompe o uso de impostos sobre prestadores de serviços de saúde, o que pode forçar os estados a cortar benefícios ou outras áreas do orçamento.
As mudanças nas regras de elegibilidade do Obamacare também são preocupantes. O presidente da KFF, Drew Altman, destaca que as alterações "reduzirão dramaticamente" a adesão ao ACA. A não extensão dos subsídios ampliados pode deixar 4,2 milhões de pessoas sem cobertura até 2034.
Mudanças Administrativas
O projeto encurta o período de inscrição anual e elimina a re-inscrição automática, exigindo que todos os beneficiários tomem medidas para manter sua cobertura. Além disso, a proposta impõe novas exigências para a verificação de elegibilidade, o que pode complicar ainda mais o acesso ao seguro de saúde.
A proposta também limita a elegibilidade para alguns grupos de imigrantes legais, excluindo refugiados e beneficiários do programa DACA de seguros subsidiados. Essas mudanças podem afetar gravemente a saúde de milhões de americanos, especialmente em um momento em que a cobertura de saúde é mais crucial do que nunca.
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