Saúde

Butantan planeja derrubar 6.600 árvores para aumentar produção de vacinas em SP

Instituto Butantan planeja derrubar 6.629 árvores para expandir produção, gerando protestos de moradores e ambientalistas preocupados com a Mata Atlântica.

Vista aérea do Instituto Butantan, na zona oeste de São Paulo (Foto: Reprodução/Google Earth)

Vista aérea do Instituto Butantan, na zona oeste de São Paulo (Foto: Reprodução/Google Earth)

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O Instituto Butantan, em São Paulo, planeja expandir sua produção de vacinas e medicamentos, o que envolve a derrubada de 6.629 árvores. Essa ação gerou preocupações entre moradores e ambientalistas, que afirmam que a vegetação é parte da Mata Atlântica e não pode ser eliminada.

A expansão, prevista para os próximos 20 anos, foi aprovada no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do instituto em 2021. Em um ofício ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a Fundação Butantan informou que compensará o desmatamento com o plantio de 9.260 mudas no próprio terreno. No entanto, entidades ambientais e residentes do bairro Butantã contestam essa compensação, alegando que não é suficiente para mitigar os impactos ecológicos.

Impactos Ambientais

A área em questão abriga uma rica biodiversidade, incluindo diversas espécies de fauna e flora. Fábio Sanchez, da Rede Nosso Parque, destacou que a vegetação do Butantan é parte de um corredor ecológico vital para a fauna local. Ele enfatizou que a destruição desse corredor prejudica aves e outros animais que dependem desse habitat. A perda de 18% da área verde do instituto pode agravar a situação, especialmente em uma cidade que já enfrenta altos níveis de poluição.

Além dos danos ambientais, moradores expressam preocupações sobre os riscos associados à expansão industrial em uma área urbana. Um abaixo-assinado destaca que a atividade do Butantan não é de baixo risco e deveria ser realocada para áreas menos habitadas. Sonia Imperio, residente local, mencionou que a ampliação traria aumento no tráfego de veículos pesados, além de poluição sonora, que já afeta a qualidade de vida na região.

Respostas do Instituto Butantan

O Instituto Butantan afirmou que os impactos da expansão serão geridos ao longo de 20 anos, com compensações planejadas. Segundo o instituto, 60% das árvores a serem removidas são de espécies invasoras, e a substituição por espécies nativas enriquecerá a vegetação local. A Fundação também ressaltou que qualquer manejo arbóreo ocorrerá após as devidas autorizações legais.

O governo de São Paulo, por sua vez, informou que a instalação das novas unidades produtivas e as autorizações para a supressão de vegetação serão analisadas individualmente pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). A situação continua a ser monitorada, enquanto o inquérito civil sobre a expansão segue em andamento no MP-SP.

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