23 de jun 2025


Microplásticos menores que nanômetros escapam de estações de tratamento de água
Microplásticos estão presentes em tecidos humanos, levantando preocupações sobre riscos à saúde, como doenças respiratórias e neurodegenerativas.

Microplásticos: Minúsculos no nome, gigantescos no problema (Foto: Adobe Stock)
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Microplásticos, partículas plásticas com diâmetro entre 1 e 1000 µm, estão se tornando uma preocupação crescente para a saúde humana. Estudos recentes revelaram a presença dessas partículas em tecidos humanos, como pulmões e placentas, levantando questões sobre seus efeitos nocivos.
Essas partículas se formam pela degradação de plásticos maiores e são encontradas em diversos ambientes, incluindo água, solo e organismos vivos. Pesquisas indicam que a exposição contínua a microplásticos pode estar relacionada a doenças respiratórias, digestivas e neurodegenerativas, como a Doença de Parkinson. Um estudo identificou microplásticos em 13 de 20 amostras de tecido pulmonar analisadas.
Além disso, microplásticos foram detectados em 100% das amostras de fezes humanas, com polipropileno e polietileno sendo os polímeros mais comuns. Essas partículas podem interagir com proteínas essenciais, causando alterações que afetam a saúde. A presença de microplásticos em placentas também levanta preocupações sobre possíveis impactos em fetos.
Fontes de Contaminação
As fontes de microplásticos são variadas. Produtos de higiene pessoal, como esfoliantes, e a lavagem de roupas sintéticas contribuem significativamente para a poluição. Um único ciclo de lavagem pode liberar mais de 1900 microfibras, que se tornam poluentes aquáticos. O desgaste de pneus também é uma fonte importante de microplásticos nos ecossistemas.
A remoção dessas partículas é um desafio. Embora as estações de tratamento de água consigam remover até 98% dos microplásticos, partículas menores que 20 µm, especialmente os nanoplásticos, frequentemente escapam. Essas partículas podem contaminar a água potável e efluentes tratados, representando um risco à saúde pública.
Caminhos para Soluções
Pesquisadores estão explorando diversas abordagens para lidar com a contaminação por microplásticos, incluindo métodos de oxidação avançada e biodegradação. A fotocatálise, que utiliza luz solar para degradar poluentes, é uma alternativa promissora. No entanto, é crucial monitorar os subprodutos gerados, pois podem ser tóxicos.
A mobilização da sociedade também é fundamental. Campanhas de limpeza, como a "Limpeza Costeira Internacional", demonstram que ações coletivas podem fazer a diferença. Atitudes simples, como descartar corretamente o lixo e evitar plásticos descartáveis, podem ajudar a reduzir a poluição por microplásticos.
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