Saúde

TikTok proíbe hashtag de magreza extrema, mas conteúdos prejudiciais permanecem ativos

TikTok bloqueia hashtag "SkinnyTok" após pressão de reguladores, destacando riscos de conteúdos prejudiciais à saúde mental dos jovens.

Catarina Pignato (Foto: Reprodução)

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Neste mês de junho, o TikTok decidiu bloquear a hashtag "SkinnyTok" após a pressão de reguladores europeus. Essa hashtag estava associada a conteúdos que promoviam a perda de peso por meio de dietas extremas e exercícios intensos, práticas que podem afetar negativamente a saúde mental dos usuários.

A médica psiquiatra Ana Clara Floresi, voluntária do Ambulim, alerta que jovens e pessoas com transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, são os mais vulneráveis a esse tipo de conteúdo. Ela destaca que a alta exposição nas redes sociais e a falta de revisão dos termos utilizados pelas plataformas contribuem para a propagação de ideias prejudiciais. "SkinnyTok é apenas um exemplo pequeno", afirma.

Apesar das promessas do TikTok de revisar suas medidas de segurança, vídeos com títulos como "o que eu como em um dia" continuam a circular, apresentando dietas com calorias muito abaixo das recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Além disso, dicas para evitar doces e não sentir fome aparecem sob novas hashtags, perpetuando comportamentos prejudiciais.

Impacto das Redes Sociais

Ana Clara observa que o direcionamento para comunidades pró-anorexia e pró-bulimia se intensificou com a popularização das redes sociais. Se antes esses conteúdos eram restritos a grupos específicos, hoje se espalham por diversas plataformas, utilizando hashtags e códigos para driblar filtros. Mesmo quem não busca ativamente por esse tipo de material pode sofrer impactos negativos na autoestima e agravar quadros de depressão.

A psiquiatra ressalta que influenciadores que falam sobre dietas sem embasamento profissional podem contribuir para o adoecimento de seus seguidores. No Instagram, embora as hashtags sejam menos eficazes, conteúdos semelhantes são facilmente disseminados em vídeos curtos e carrosséis. A Meta, responsável pelo Instagram, Facebook e WhatsApp, não comentou sobre as medidas que adota para mitigar os efeitos desse tipo de conteúdo.

Ana Clara conclui que é necessário implementar políticas públicas que abordem os riscos do acesso precoce às redes sociais e responsabilizem as plataformas. A falta de ação efetiva por parte das redes sociais dificulta a mitigação dos danos causados por conteúdos prejudiciais à saúde mental.

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