27 de jun 2025


Censo revela que brasileiras têm menos filhos que americanas e francesas
Taxa de fecundidade no Brasil atinge 1,5 filho por mulher, refletindo mudanças sociais e adiamento da maternidade.

Taxa de fecundidade no Brasil caiu para 1,5 filhos por mulher (Foto: Martin Bernetti / AFP)
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A taxa de fecundidade no Brasil caiu para 1,5 filho por mulher, conforme dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27). Essa marca representa uma queda significativa em relação aos 1,9 filhos registrados em 2010, colocando o Brasil abaixo de países como os Estados Unidos e a França, que têm taxas de 1,7 e 1,8, respectivamente.
Historicamente, a fecundidade no Brasil era alta, com uma média de 6,28 filhos por mulher em 1960. A região Norte, que sempre teve os maiores índices, também viu uma redução, passando de 2,47 para 1,89 filhos por mulher entre 2010 e 2022. O adiamento da maternidade é uma tendência crescente, com a idade média para ter filhos aumentando de 26,3 anos em 2000 para 28,1 anos em 2022.
Mudanças no Padrão de Maternidade
Os dados do IBGE revelam que o maior percentual de nascimentos, que antes ocorria entre mulheres de 20 a 24 anos, agora se concentra na faixa de 25 a 29 anos. A taxa de fecundidade entre adolescentes de 15 a 19 anos caiu de 15,6% para 11,4%, enquanto mulheres de 30 a 39 anos apresentaram um aumento de 18,7% para 21%. Essas mudanças refletem uma nova realidade demográfica.
A idade média para ter filhos também aumentou em todas as regiões do Brasil. O Sul e o Sudeste registraram as maiores médias, com 28,7 anos, enquanto o Centro-Oeste teve o maior avanço proporcional, subindo de 25,2 para 27,9 anos. No Norte e Nordeste, regiões onde a maternidade era tradicionalmente mais precoce, a idade média também cresceu, alcançando 27 e 27,7 anos, respectivamente.
Fatores que Influenciam a Fecundidade
Essas transformações são atribuídas a diversos fatores, como maior escolarização feminina, inserção no mercado de trabalho e acesso a métodos contraceptivos. O custo de vida elevado, especialmente nas grandes cidades, e o desejo de estabilidade financeira antes de ter filhos também são influências significativas. O recenseamento do IBGE abrangeu mulheres a partir de 12 anos, considerando o número de filhos nascidos vivos até 31 de julho de 2022.
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