27 de jun 2025

Mulheres negras têm mais filhos e se tornam mães mais cedo, revela Censo
Censo Demográfico 2022 revela que mulheres negras e pardas têm fecundidade superior à das brancas, com mães mais jovens e maior número de filhos.

Mulheres negras têm mais filhos que as brancas (Foto: NYT)
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Os dados preliminares do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam diferenças significativas nas taxas de fecundidade entre grupos étnicos no Brasil. Mulheres pretas e pardas têm, em média, 1,6 e 1,7 filhos, respectivamente, enquanto as mulheres brancas apresentam uma média de 1,4 filho ao longo da vida. Além disso, as mulheres negras tendem a se tornar mães mais cedo, com idades médias de 27,8 anos para pretas e 27,6 anos para pardas, em contraste com 29 anos entre as brancas.
Fecundidade entre Mulheres Indígenas
As mulheres indígenas destacam-se com a maior taxa de fecundidade do país, com 2,8 filhos por mulher. Esse dado reflete padrões culturais específicos desse grupo. A distribuição da maternidade também apresenta variações. Apesar de representarem 41,7% da população feminina entre 15 e 49 anos, as mulheres brancas foram responsáveis por apenas 36,1% dos nascimentos nos 12 meses anteriores ao Censo. Em contrapartida, as mulheres pardas, que constituem 46,8% dessa população, concentraram 51,6% dos nascimentos.
Dados sobre Mulheres Amarelas
O grupo de mulheres autodeclaradas amarelas apresenta a menor taxa de fecundidade, com apenas 1,2 filho por mulher em 2022. Elas representam uma fração muito pequena da população feminina nessa faixa etária, com 0,4%, e foram responsáveis por apenas 0,3% dos nascimentos no mesmo período.
A idade média da fecundidade também revela um padrão de adiamento entre as mulheres brancas, que têm filhos em média aos 29 anos. Esse fenômeno está associado a fatores como maior escolaridade, inserção no mercado de trabalho e uso de métodos contraceptivos. O Censo abrangeu mulheres a partir de 12 anos, considerando o número de filhos nascidos vivos até 31 de julho de 2022.
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