29 de jun 2025

Jovem morre de câncer após rejeitar tratamento e irmãos acusam mãe de influência negativa
Irmãos de Paloma Shemirani responsabilizam a mãe pela morte da jovem e aguardam investigação sobre a influência de tratamentos alternativos.

Kate Shemirani morreu em 2024 após se recusar a fazer quimioterapia para tratar um linfoma não Hodgkin (LNH) (Foto: Reprodução/Instagram @kateshemiran_)
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Com apenas 23 anos, Paloma Shemirani faleceu no Reino Unido após rejeitar a quimioterapia, influenciada por sua mãe, Kate Shemirani, uma influenciadora antivacina. Dois irmãos da jovem responsabilizam a mãe pela morte e aguardam uma investigação que deve ocorrer no próximo mês.
Paloma, diagnosticada com linfoma não-Hodgkin em 2023, optou por tratamentos alternativos, como enemas e sucos de vegetais, em vez da quimioterapia, considerada "altamente tratável" pelo NHS. Seu irmão gêmeo, Gabriel Shemirani, afirmou que a mãe disseminava informações falsas sobre os tratamentos médicos, o que contribuiu para a decisão da irmã. Paloma morreu em julho de 2024, após uma parada cardíaca.
Investigação em Andamento
Gabriel e seu irmão mais velho, Sebastian, tentaram buscar ajuda médica para Paloma nos últimos meses de vida. Eles recorreram à Justiça e solicitaram a intervenção dos serviços sociais, mas não conseguiram evitar o desfecho trágico. A investigação, aberta em 28 de julho, visa esclarecer as circunstâncias da morte da jovem. Gabriel declarou que deseja que o médico legista explique as causas do falecimento.
Kate Shemirani, ex-enfermeira e conhecida por suas opiniões controversas sobre vacinas e tratamentos médicos, defende que a morte da filha foi resultado de erros médicos e não de sua influência. Em suas redes sociais, ela possui mais de 81 mil seguidores e promove tratamentos alternativos sem comprovação científica.
Repercussão e Críticas
A história de Paloma ganhou destaque na mídia, incluindo um episódio do programa Panorama da BBC. Gabriel criticou a disseminação de teorias conspiratórias por parte da mãe e pediu uma regulamentação mais rigorosa sobre conteúdos médicos nas redes sociais. Ele acredita que afirmações que vão contra o consenso científico devem ser responsabilizadas por um órgão independente.
A situação de Paloma levanta questões sobre a influência de informações não verificadas na saúde e a necessidade de um debate mais amplo sobre a regulamentação de conteúdos médicos nas plataformas digitais.
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