30 de jun 2025

Cientistas desenvolvem sangue artificial em laboratório como nova esperança médica
Pesquisas avançam no desenvolvimento de sangue artificial, mas desafios de segurança e eficácia ainda persistem.

Células sanguíneas (Foto: Argus/Adobe Stock)
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Reservas de sangue enfrentam escassez global, com a necessidade de 112 milhões de doações anuais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A distribuição é desigual, com 40% das doações concentradas em países de alta renda, que representam apenas 16% da população mundial. Na Alemanha, são necessárias cerca de 15 mil doações diárias para atender à demanda.
A busca por alternativas à doação de sangue se intensifica, com pesquisas focadas no desenvolvimento de sangue artificial. Uma abordagem envolve a modificação de células-tronco sanguíneas para aumentar a produção de hemoglobina, permitindo que os glóbulos vermelhos transportem mais oxigênio. Pesquisadores da Universidade Stanford e da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) utilizam a edição genética CRISPR para esse fim, embora os resultados ainda sejam limitados.
Inovações em Sangue Artificial
Outras pesquisas exploram o uso de enzimas de bactérias intestinais para neutralizar grupos sanguíneos, transformando glóbulos vermelhos em tipo O, que é universal. Contudo, resíduos podem causar reações alérgicas. Além disso, cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia estão criando glóbulos vermelhos sintéticos que imitam as funções dos naturais, mas a produção em larga escala ainda não é viável.
As Forças Armadas dos EUA também investem em pesquisas para melhorar a performance dos soldados em condições adversas, utilizando nanopartículas em glóbulos vermelhos. No Japão, a Universidade Médica de Nara testa vesículas de hemoglobina artificiais, que podem ser adequadas para todos os tipos sanguíneos, com resultados promissores.
Desafios e Futuro
Apesar das inovações, o desenvolvimento de sangue artificial enfrenta desafios significativos, como garantir a segurança e a eficácia em larga escala. Reações imunológicas e a necessidade de cumprir todas as funções do sangue natural são preocupações constantes. Até que soluções viáveis sejam implementadas, a medicina continuará dependendo das doações de sangue.
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