30 de jun 2025

Estudo revela que a doença de Parkinson pode ter origem fora do cérebro
Estudo aponta que aglomerados de proteína nos rins podem iniciar a doença de Parkinson, desafiando a compreensão atual da patologia.

Parkinson (Foto: Freepik)
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A doença de Parkinson, tradicionalmente ligada à redução da dopamina no cérebro, pode ter uma origem surpreendente: os rins. Um estudo da Universidade de Wuhan, na China, revela que aglomerados da proteína alfa-sinucleína (α-Syn) podem se acumular nesse órgão e, posteriormente, migrar para o cérebro, contribuindo para o desenvolvimento da doença.
A pesquisa, publicada na Nature Neuroscience, destaca que a α-Syn, quando desregulada, forma aglomerados que prejudicam a função cerebral. Os cientistas descobriram que esses aglomerados podem se acumular nos rins, sugerindo que este órgão pode ser uma fonte inicial da patologia. "Demonstramos que o rim é um órgão periférico que serve como origem da α-Syn patológica", afirmam os pesquisadores.
Os testes realizados em camundongos mostraram que aqueles com rins saudáveis eliminavam os aglomerados de α-Syn injetados, enquanto os com função renal comprometida apresentaram acúmulo das proteínas, que eventualmente se espalharam para o cérebro. Quando os nervos entre os rins e o cérebro foram cortados, essa disseminação não ocorreu, reforçando a hipótese da conexão entre os dois órgãos.
Embora o estudo apresente limitações, como o número reduzido de amostras humanas, as descobertas abrem novas possibilidades para a compreensão da doença de Parkinson. A pesquisa sugere que a investigação sobre a relação entre os rins e o cérebro pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos para a doença e outras condições neurológicas.
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