Saúde

Centro de pesquisa da FAPESP inova na melhoria da qualidade do pescado para saúde humana

Núcleo de Pesquisa Pescado para Saúde investiga o baixo consumo de pescado em São Paulo e propõe alternativas nutricionais inovadoras.

O pescado, alimento de origem aquática, tem maior potencial de benefício à saúde comparado a outras fontes animais (Foto: Freepik)

O pescado, alimento de origem aquática, tem maior potencial de benefício à saúde comparado a outras fontes animais (Foto: Freepik)

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André Julião | Agência FAPESP – O Núcleo de Pesquisa Pescado para Saúde, criado em outubro de 2022, reúne academia, governo e empresas para investigar a qualidade do pescado e os hábitos de consumo no Brasil. O projeto, coordenado por Daniel Lemos, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), visa resolver problemas sociais relacionados à alimentação.

Recentemente, o centro divulgou dados sobre o baixo consumo de pescado em São Paulo, revelando que a tilápia é a preferida dos paulistas. Lemos destaca que, apesar de o pescado ser considerado mais saudável que outras proteínas, o preço elevado limita seu consumo. O Brasil, atualmente o 16º maior produtor de pescado cultivado, tem potencial para se tornar um dos líderes globais nesse setor.

Potencial da Tilápia

A tilápia, segundo Lemos, pode seguir o caminho do frango, aumentando sua produção para atender tanto o mercado interno quanto as exportações. Para isso, é fundamental reduzir os preços e diversificar os hábitos alimentares da população, enfatizando os benefícios nutricionais do pescado em comparação às carnes vermelhas.

O núcleo também realiza uma pesquisa online para avaliar a aceitação de produtos feitos com carne mecanicamente separada de peixes, como hambúrgueres e salsichas. Esses produtos são comuns na indústria de carnes bovina e suína, mas ainda são escassos no setor de pescado, onde muitos subprodutos são descartados.

Melhoria Nutricional

Outro foco do Núcleo é a qualidade nutricional do pescado. Pesquisadores estão avaliando os nutrientes e contaminantes nos principais tipos de peixe consumidos em São Paulo. Um estudo recente na revista Aquaculture Research testou a adição de óleo de alga na ração de camarões, visando enriquecer a carne com ácidos graxos essenciais, sem depender de estoques pesqueiros.

Além disso, um projeto busca identificar genes que favoreçam o acúmulo de ômega-3 na carne da tilápia, com a intenção de melhorar geneticamente a espécie. O sucesso do Núcleo tem atraído novos investimentos e pesquisadores, ampliando as pesquisas sobre pescado e saúde.

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