02 de jul 2025

Onda de calor na Europa provoca 8 mortes e eleva alerta sobre crise climática
Temperaturas extremas na Europa causam mortes e aumentam a pressão sobre serviços de saúde e energia, com milhões em necessidade de resfriamento.

Calor extremo na Europa: serviços de emergência italianos reportaram aumento de 10% nos casos de insolação, tendo entre as principais vítimas idosos e pessoas em situação de rua. (Foto: AFP)
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A Europa enfrenta uma onda de calor severa, com temperaturas superando os 40°C em vários países, resultando em pelo menos oito mortes diretas. As regiões mais afetadas incluem França, Itália e Espanha, onde a pressão sobre os serviços de saúde e energia aumentou drasticamente.
Desde o início de agosto, foram registradas duas mortes em incêndios florestais na Catalunha e uma criança de dois anos que faleceu após ser esquecida em um carro na Espanha. Em Versalhes, uma americana de dez anos desmaiou e não resistiu. Na França, o governo confirmou outras duas mortes e mais de 300 internações relacionadas ao calor, levando ao fechamento de escolas e à suspensão de visitas à Torre Eiffel.
Impactos na Saúde e Energia
Na Itália, um motorista de caminhão de 70 anos foi encontrado sem vida em sua cabine, evidenciando os riscos enfrentados por trabalhadores expostos ao calor extremo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 500.000 mortes anuais estão ligadas a altas temperaturas globalmente, com um aumento projetado de 50% até 2050. Em 2024, a Europa já contabilizou 335 mortes relacionadas a eventos climáticos extremos.
O continente europeu está aquecendo a uma taxa duas vezes mais rápida que a média global, conforme dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus. Desde 1980, esse processo se intensificou em três fases, culminando em um aumento significativo de eventos climáticos extremos, como ondas de calor e secas prolongadas.
Respostas e Adaptações
A demanda por energia disparou, afetando residências e indústrias. Em 2024, 194 milhões de pessoas necessitaram de resfriamento, o que gerou um estado de alerta máximo na rede elétrica. A Itália, por exemplo, enfrentou apagões devido ao consumo elevado de ar-condicionado.
Atualmente, 51% das cidades europeias implementaram planos de adaptação às mudanças climáticas, um aumento significativo em relação a 2018. As estratégias incluem sistemas de alerta precoce e mapeamento de áreas críticas de calor. Contudo, as disparidades regionais na capacidade de resposta são evidentes, com países de menor renda necessitando de US$ 387 bilhões anuais para adaptação, valor muito superior ao financiamento atual.
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