Saúde

Alopecia areata gera debates sobre a necessidade de diretrizes mais eficazes

Estudo revela que a maioria dos especialistas ainda realiza testes para doenças autoimunes, enquanto novos tratamentos enfrentam barreiras no Brasil.

Homem de costas com alopecia areata; o cabelo tem falhas em formatos circulares (Foto: USP Imagens)

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A alopecia areata, uma condição autoimune que provoca a perda de cabelo em placas, afeta principalmente crianças e jovens, com 60% dos casos surgindo antes dos 20 anos. Diretrizes internacionais, como as da Associação Britânica de Dermatologia, desaconselham a realização de testes laboratoriais de rotina, considerando a possível sobrecarga ao sistema de saúde.

Um estudo global recente revelou que 50,9% dos especialistas realizam testes para condições autoimunes, priorizando doenças da tireoide. A médica dermatologista Isabella Doche, que participou da pesquisa, destaca que a função tireoidiana foi a mais consensual entre os especialistas, com 75% concordando que deve ser investigada. O estudo envolveu 30 especialistas de 14 países e analisou métodos de avaliação da gravidade da alopecia areata.

Os inibidores da Janus quinase (JAK) estão emergindo como uma alternativa promissora no tratamento da alopecia areata. Esses medicamentos, que bloqueiam enzimas envolvidas na inflamação, já são utilizados em condições reumatológicas e têm mostrado resultados positivos em 30% a 40% dos pacientes que não responderam a tratamentos convencionais. No Brasil, sua prescrição ainda enfrenta barreiras, sendo mais comum em consultórios particulares e em casos de judicialização.

A alopecia areata não afeta apenas a estética, mas também a saúde mental dos pacientes. A queda de cabelo pode levar a problemas como ansiedade e isolamento social. Isabella alerta sobre o crescimento de tratamentos não oficiais, muitas vezes sem respaldo científico, que podem prejudicar os pacientes. A evolução da doença é imprevisível, com 50% dos casos apresentando recuperação espontânea em até um ano, mas novos surtos podem ocorrer.

A necessidade de diretrizes mais claras para a triagem de exames antes do início do tratamento é um ponto destacado por Isabella. A pesquisa também enfatiza a importância de avaliar o impacto da alopecia areata na qualidade de vida dos pacientes, considerando que a condição pode ter repercussões sistêmicas associadas a outras doenças autoimunes.

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