Saúde

Moradores se unem contra poluição sonora em São Paulo com protesto barulhento

Moradores de São Paulo se mobilizam contra a poluição sonora, exigindo ações efetivas da gestão municipal para garantir um ambiente mais saudável.

Aparelho mede o barulho na casa de um morador da rua Palestra Itália, em frente ao Allianz Parque, durante um show sertanejo (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress)

Aparelho mede o barulho na casa de um morador da rua Palestra Itália, em frente ao Allianz Parque, durante um show sertanejo (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress)

Ouvir a notícia

Moradores se unem contra poluição sonora em São Paulo com protesto barulhento - Moradores se unem contra poluição sonora em São Paulo com protesto barulhento

0:000:00

Uma nova mobilização de moradores de São Paulo se formou para enfrentar a poluição sonora na cidade. O movimento, que começou na avenida Paulista, ganhou apoio de residentes de diversas regiões, como o Vale do Anhangabaú e o Allianz Parque. Os participantes buscam diálogo com a gestão municipal para exigir ações efetivas contra o barulho excessivo, especialmente durante eventos.

Os moradores relatam que a falta de fiscalização tem contribuído para a normalização do ruído. Marcelo Sando, um dos organizadores, afirma que "o barulho se tornou uma epidemia na cidade". Ele destaca que a ausência de um órgão responsável pela poluição sonora agrava a situação, que é considerada um problema de saúde pública. Aderindo ao movimento, vizinhos do Parque da Água Branca e do Butantã também expressam suas queixas sobre os ruídos provenientes de festas e obras.

Impactos na Saúde e Bem-Estar

Os relatos de moradores revelam o impacto da poluição sonora em suas vidas. Jupira Cauhy, residente na Pompeia, menciona que seu prédio treme durante shows, causando desconforto e preocupação. Em outra parte da cidade, Patricia Coelho, do Butantã, descreve o barulho constante dos geradores do Instituto Butantan como insuportável. "É um aspirador de pó ligado 24 horas por dia", diz ela, ressaltando que a solução não se limita a janelas antirruído.

A situação é semelhante no centro, onde moradores do Vale do Anhangabaú enfrentam não apenas o barulho, mas também a invasão de luzes durante eventos. Barbara Oliveira relata que a intensidade do som chega a 80 decibéis, afetando o sono e a saúde mental dos residentes. O síndico de um edifício próximo afirma que as festas ocorrem sem respeito às normas de convivência.

Legislação e Fiscalização

A legislação atual, que isenta shows autorizados de fiscalização por excesso de barulho, tem gerado controvérsias. A gestão do prefeito Ricardo Nunes defende que as normas são seguidas, mas os moradores questionam a eficácia da fiscalização. O advogado Waldir Arruda Miranda aponta que a complexidade da legislação dificulta a regulação da poluição sonora.

Enquanto isso, a Polícia Militar registrou mais de 100 mil chamadas relacionadas a perturbação do sossego nos primeiros cinco meses de 2023, evidenciando a gravidade do problema. A nova frente de moradores busca não apenas ser ouvida, mas também propor soluções que garantam um ambiente mais saudável e tranquilo para todos.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela