Saúde

Brasil investiga morte de 222 cavalos após ração suspeita de contaminação

Investigação revela que 222 cavalos morreram após ingerir ração da Nutratta. Criadores enfrentam perdas emocionais e financeiras.

Tutor Fabio Duarte e seu cavalo Diamante, no dia em que soube que o animal não sobreviveria (Foto: Arquivo Pessoal)

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) investiga a morte de 222 cavalos após o consumo de ração da Nutratta Nutrição Animal. A fabricação e a venda do produto foram suspensas, enquanto a empresa colabora com as investigações. Os animais apresentaram falência hepática em um curto período, levando a uma intoxicação severa, conforme veterinários.

Os casos estão concentrados em São Paulo, onde ocorreram 83 mortes, seguidos por 69 no Rio de Janeiro e 65 em Alagoas. O Mapa também investiga casos em Goiás e na Bahia. A empresa foi impedida de comercializar todos os seus produtos após a identificação de irregularidades durante as inspeções. A substância responsável pelas mortes ainda não foi identificada, e amostras estão sendo analisadas.

Impacto emocional e financeiro

Criadores de cavalos relatam perdas significativas, tanto emocionais quanto financeiras. Fábio de Sá Duarte, morador de Itu (SP), compartilhou a angústia de ver seu cavalo, Diamante, em estado crítico. "Estamos apenas esperando o dia de sacrificá-lo", lamentou. A ABCCMM (Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador) expressou preocupação com as perdas, que são descritas como "incalculáveis".

A associação pediu rigor na apuração das causas e responsabilização dos envolvidos. Criadores foram orientados a suspender o uso da ração suspeita e a notificar as autoridades competentes. A ABCCMM também disponibilizou sua equipe técnica para apoiar os associados durante a crise.

Resposta da Nutratta

A Nutratta lamentou as mortes e reafirmou seu compromisso em colaborar com as investigações. Em nota, a empresa destacou que os animais têm valor afetivo para os criadores e suas famílias. A Nutratta também informou que sua unidade fabril foi interditada preventivamente e que todas as exigências estão sendo atendidas.

O CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo) alertou sobre os riscos de intoxicações, que podem levar a sérias complicações de saúde nos animais. Os sintomas incluem icterícia, cólica e perda de coordenação motora. O conselho recomenda que veterinários registrem os atendimentos e guardem amostras da ração suspeita para análise.

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