06 de jul 2025

Novas unidades de conservação na Barra e Jacarepaguá são aprovadas e avançam
Projetos de conservação avançam na Zona Oeste do Rio, buscando proteger ecossistemas e promover turismo sustentável.

A Ilha de Palmas, a um quilômetro da Praia de Grumari pode integrar uma unidade de conservação — Foto: Divulgação/Ilhas do Rio
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Na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a pressão imobiliária e a ocupação irregular estão gerando preocupações sobre a preservação ambiental. Moradores e especialistas se mobilizam para proteger áreas naturais ameaçadas, especialmente em regiões como Barra, Recreio e Jacarepaguá.
Recentemente, o projeto Ilhas do Rio avançou, focando no monitoramento das ilhas de Peças e Palmas. A iniciativa, vinculada ao Instituto Mar a Dentro, visa criar uma área de proteção marinha. Um grupo de trabalho, com cerca de 40 integrantes, está finalizando um relatório que será entregue a entidades ambientais até o fim do mês.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) também estuda a criação do Parque Estadual Marinho das Praias Selvagens, que pode incluir as ilhas monitoradas. Essa proposta foi anunciada na COP-16, na Colômbia, e está alinhada com o Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, que estabelece a meta de 30% de mar protegido até 2030.
Monitoramento e Biodiversidade
O monitoramento das ilhas revelou espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, além de problemas como a pesca fantasma e o lixo deixado por embarcações. Mariana Clauzet, coordenadora do projeto, destaca a importância de conservar a biodiversidade e promover o turismo sustentável na região.
Além disso, a Secretaria Municipal de Ambiente e Clima (Smac) está desenvolvendo um estudo para criar um corredor azul, que ligaria o Parque Nacional da Tijuca às lagoas de Jacarepaguá. A proposta visa integrar diferentes ecossistemas e promover o desenvolvimento sustentável.
Projetos em Andamento
A criação do Parque Municipal Perilagunar da Lagoa do Camorim é outra conquista recente. O biólogo Mario Moscatelli planeja um modelo de ocupação que inclui áreas de palafitas e passeios de barco, visando controlar a quantidade de visitantes. O projeto também prevê a educação ambiental para alunos da rede municipal.
Com a crescente preocupação ambiental e a realização da COP-30 no Brasil, a secretária Tainá de Paula observa uma mudança na percepção dos moradores sobre a conservação. O foco agora é utilizar os recursos naturais de forma sustentável, promovendo atividades como stand up paddle e canoagem nas lagoas, enquanto se busca resolver problemas como o lançamento de esgoto in natura.
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