07 de jul 2025
Casal realiza sonho de engravidar após quase 20 anos com ajuda da inteligência artificial
Casal realiza sonho de ser pai e mãe após duas décadas, utilizando a inovadora tecnologia STAR para detectar espermatozoides ocultos.

Gestante, mulher grávida (Foto: Freepik)
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Depois de quase duas décadas de tentativas frustradas para engravidar, um casal conseguiu realizar o sonho de ser pai e mãe com o auxílio da tecnologia STAR, que detecta espermatozoides ocultos em amostras de sêmen. O feito ocorreu no Columbia University Fertility Center, em Nova York, onde a técnica foi aplicada pela primeira vez com sucesso.
O sistema STAR, que significa Sperm Tracking and Recovery (Rastreamento e Recuperação de Espermatozoides), utiliza um algoritmo de visão computacional para escanear amostras de sêmen. A tecnologia analisa milhões de imagens em alta velocidade, permitindo a identificação de espermatozoides que seriam invisíveis até mesmo para embriologistas experientes. Neste caso, foram recuperados apenas três espermatozoides, que foram utilizados para fertilizar os óvulos da mulher, resultando em uma gravidez confirmada.
O casal, que optou por manter o anonimato, havia passado por diversas tentativas em centros de fertilidade ao redor do mundo antes de recorrer a essa técnica inovadora. A esposa comentou que, após tantas decepções, mantiveram as expectativas baixas. O método foi desenvolvido ao longo de cinco anos pela equipe liderada pelo doutor Zev Williams, que destacou que o STAR oferece uma alternativa menos invasiva em comparação às cirurgias tradicionais.
Avanços na Fertilidade Masculina
A azoospermia, condição que afeta cerca de 10% dos homens inférteis, é frequentemente um diagnóstico inesperado. Os pacientes geralmente não apresentam sintomas visíveis, e a condição só é detectada ao se observar o sêmen ao microscópio. Tradicionalmente, a extração cirúrgica de esperma diretamente dos testículos era uma das poucas opções disponíveis, um procedimento que pode ser doloroso e arriscado.
O sistema STAR promete uma abordagem mais precisa e menos invasiva, permitindo a identificação de espermatozoides viáveis em amostras que pareciam vazias. A equipe de Columbia afirma que a tecnologia pode detectar até 40 espermatozoides em uma única amostra, onde métodos tradicionais não encontraram nenhum. Uma vez localizados, os espermatozoides são isolados para uso em fertilização.
A inteligência artificial já é utilizada em várias áreas da medicina reprodutiva, como na seleção de embriões e na avaliação da qualidade dos óvulos. Especialistas ressaltam que, embora a IA não substitua a experiência humana, ela amplifica a capacidade de detecção e precisão dos profissionais. A Dra. Aimee Eyvazzadeh, endocrinologista reprodutiva, afirmou que essa tecnologia representa um avanço significativo na fertilidade.
Entretanto, o uso da IA na medicina reprodutiva levanta questões éticas que devem ser consideradas. A CEO da Future Fertility, Christy Prada, enfatizou a importância de princípios éticos, como transparência e respeito à autonomia do paciente, ao integrar a tecnologia em processos tão delicados.
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