08 de jul 2025

Estudo revela que não há nível seguro para consumo de carne ultraprocessada
Estudo da Universidade de Washington alerta que não há quantidade segura de carne processada, elevando riscos de câncer e diabetes.

Qualquer quantidade de carne processada aumenta risco de câncer e diabetes. (Foto: FreePik)
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Um novo estudo da Universidade de Washington revela que não há quantidade segura de carne processada. Mesmo uma porção diária de alimentos como presunto e bacon pode aumentar o risco de câncer de intestino e diabetes. A pesquisa, publicada na revista Nature Medicine, analisou 78 estudos anteriores para entender a relação entre o consumo desses alimentos e problemas de saúde.
Os pesquisadores encontraram que o consumo de carne processada, mesmo em pequenas quantidades, está associado a um aumento de 11% no risco de diabetes e 7% no risco de câncer de intestino. Os dados indicam que a porção diária variou entre 0,6g e 57g. Os autores do estudo afirmam que as diretrizes alimentares devem enfatizar os riscos à saúde, mesmo com pequenas quantidades de carne processada.
Impacto na Saúde
Clayton Macedo, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, destaca que, embora os efeitos sejam modestos, o impacto populacional pode ser significativo. A pesquisa também sugere que o consumo de bebidas açucaradas e gordura trans está relacionado a riscos elevados de diabetes e doenças cardíacas. O estudo encontrou um aumento de 8% no risco de diabetes associado a bebidas adoçadas e 3% para doenças cardíacas devido à gordura trans.
Os cientistas consideraram as estimativas de risco conservadoras, indicando que os perigos podem ser ainda maiores. Além disso, a pesquisa sugere que os ultraprocessados, como refrigerantes e salgadinhos, têm um impacto negativo na saúde, substituindo alimentos mais nutritivos.
Considerações Finais
Marcella Garcez Duarte, nutróloga e professora, ressalta que o estudo reforça a necessidade de uma alimentação saudável, evitando ultraprocessados. A pesquisa se junta a um crescente corpo de evidências que relacionam o consumo de alimentos ultraprocessados a uma série de problemas de saúde, incluindo um risco 50% maior de morte por doenças cardiovasculares e 12% maior de diabetes tipo 2.
Os pesquisadores enfatizam a importância de políticas que promovam a redução do consumo de carnes processadas e outros alimentos prejudiciais à saúde, visando a diminuição das doenças crônicas.
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