09 de jul 2025
Aprovação de medicamento contra malária para recém-nascidos deve ocorrer em breve na África
Novartis lança Coartem Baby, tratamento inédito para malária em recém nascidos, visando reduzir mortalidade infantil na África.

Hajarah Nalwadda/Getty Images
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A Novartis anunciou a aprovação do Coartem Baby, o primeiro tratamento específico para malária em recém-nascidos e bebês com peso entre 2 e 5 quilos. A autorização foi concedida pelas autoridades suíças e a expectativa é que o medicamento seja aprovado em oito países africanos em até 90 dias. Essa iniciativa visa atender uma população extremamente vulnerável, já que a malária é uma das doenças mais letais, especialmente entre crianças.
O Coartem Baby, também conhecido como Riamet Baby em algumas regiões, foi desenvolvido em colaboração com a Medicines for Malaria Venture (MMV). O medicamento é formulado para ser de fácil administração, o que é crucial para a faixa etária a que se destina. Vas Narasimhan, CEO da Novartis, destacou que este é o primeiro tratamento clinicamente comprovado para essa faixa etária, garantindo que os menores recebam o cuidado necessário.
Historicamente, os tratamentos para malária eram inadequados para recém-nascidos, expondo-os a riscos de overdose e toxicidade. Em 2023, a Organização Mundial da Saúde registrou 263 milhões de casos de malária e 597 mil mortes, a maioria na África. Crianças com menos de cinco anos representaram cerca de 75% das mortes por malária na região.
Expectativas de Implementação
A Novartis planeja uma distribuição do Coartem Baby em uma base predominantemente sem fins lucrativos. O medicamento já possui aprovação na Gana e deve ser liberado em países como Burkina Faso, Costa do Marfim, Quênia, Maláui, Moçambique, Nigéria, Tanzânia e Uganda. A colaboração com a MMV é vista como um passo importante para oferecer um tratamento eficaz a um grupo de pacientes frequentemente negligenciado.
Martin Fitchet, CEO da MMV, afirmou que a aprovação do Coartem Baby representa uma adição valiosa ao arsenal antimalárico, destacando a importância de recursos adequados para a eliminação da malária. A expectativa é que a nova terapia contribua significativamente para a redução das taxas de mortalidade infantil associadas à doença.
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