09 de jul 2025
Morte de médico em Gaza gera comoção na comunidade de saúde internacional
Morte do cardiologista Marwan al Sultan intensifica a crise humanitária em Gaza, com mais de 57 mil mortos e hospitais em colapso.

Palestinos lamentam a morte do médico Marwan al-Sultan, diretor do Hospital Indonésio no norte da Faixa de Gaza (Foto: Mahmoud Issa/Reuters)
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A morte do cardiologista Marwan al-Sultan, diretor do Hospital Indonésio em Gaza, em um ataque aéreo israelense, gerou grande comoção entre os profissionais de saúde da região. O ataque, que ocorreu na quarta-feira, também resultou na morte de sua esposa, irmã, filha mais nova e genro. Al-Sultan, que se tornou uma voz importante durante os 20 meses de conflito, frequentemente relatava as condições devastadoras enfrentadas pelos hospitais locais.
Vídeos emocionantes mostram o filho de al-Sultan em luto, enquanto o diretor do Ministério da Saúde de Gaza, Munir al-Bursh, tenta confortá-lo. O exército israelense justificou o ataque alegando que visava um "terrorista-chave" do Hamas, mas não apresentou evidências concretas. A família de al-Sultan nega qualquer envolvimento do médico com atividades terroristas, enfatizando seu compromisso com os pacientes.
Crise Humanitária em Gaza
A guerra em Gaza já resultou em mais de 57.000 mortes palestinas, segundo o Ministério da Saúde local. O sistema de saúde foi severamente afetado, com muitos hospitais danificados ou destruídos. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha alertou que as instalações que ainda operam estão sobrecarregadas e enfrentam escassez de suprimentos essenciais, como medicamentos e combustível.
Al-Sultan, que frequentemente se manifestava sobre a situação crítica em Gaza, descreveu o ambiente hospitalar como um "inferno". Ele se dedicou a cuidar dos feridos, mesmo quando as condições se tornaram insustentáveis. Em suas últimas mensagens, ele relatou a chegada de crianças gravemente feridas, refletindo a brutalidade do conflito.
Legado de Al-Sultan
O cardiologista se tornou um símbolo da resistência em Gaza, sendo lembrado por sua dedicação e compaixão. Hadiki Habib, presidente de uma organização de ajuda, destacou que al-Sultan nunca abandonou o hospital, mesmo sob bombardeios. Sua filha, Lobna, expressou a dor da perda e questionou as razões por trás do ataque que vitimou sua família.
A tragédia de Marwan al-Sultan não é apenas uma perda pessoal, mas também um reflexo da crise humanitária em Gaza, onde a luta pela sobrevivência continua em meio à devastação.
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