SUS inclui dois novos tratamentos hormonais para endometriose e beneficia pacientes

O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporará dois novos tratamentos hormonais para a endometriose: o Dispositivo Intrauterino Liberador de Levonorgestrel (DIU-LNG) e o desogestrel. A previsão é que esses tratamentos estejam disponíveis até 2025, conforme anunciado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

As portarias que autorizam a inclusão dos medicamentos foram publicadas em 29 e 30 de maio. O DIU-LNG atua suprimindo o crescimento do tecido endometrial fora do útero e é indicado para mulheres que não podem usar contraceptivos orais combinados. Com validade de cinco anos, sua troca é menos frequente, o que pode aumentar a adesão ao tratamento. Já o desogestrel, um anticoncepcional hormonal, inibe a ovulação e pode ser prescrito na fase de avaliação clínica, mesmo antes do diagnóstico definitivo.

Aumento no Atendimento

A endometriose afeta entre 5% e 15% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil, totalizando cerca de 260 mil pessoas. O SUS já oferece tratamentos clínicos e cirúrgicos, e entre 2022 e 2024, houve um aumento de 30% nos atendimentos na Atenção Primária. Na Atenção Especializada, o crescimento foi ainda maior, de 70%.

As internações relacionadas à endometriose também aumentaram, passando de 14.795 em 2022 para 19.554 em 2024, um crescimento de 32%. O SUS já disponibiliza uma gama de tratamentos, incluindo terapia hormonal e procedimentos cirúrgicos, para atender às necessidades das pacientes.

Tratamentos Disponíveis

Os novos tratamentos visam melhorar a qualidade de vida das mulheres que sofrem com a condição. A endometriose é caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial fora do útero, resultando em sintomas como cólicas intensas, dor durante relações sexuais e infertilidade. Com a incorporação do DIU-LNG e do desogestrel, espera-se que as pacientes tenham mais opções para gerenciar a doença e melhorar sua qualidade de vida.