10 de jul 2025
Estudo revela que proteção das espécies marinhas deve ser quadruplicada
Apenas 7,5% das áreas vitais para a megafauna marinha estão protegidas, evidenciando a urgência de ações globais para conservação.

Fernando de Noronha (Foto: Ariel Fuchs/Gamma-Rapho/Getty Images)
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Os oceanos, fundamentais para a vida na Terra, enfrentam uma grave degradação devido à ação humana. Eles são responsáveis por 50% do oxigênio que respiramos e absorvem 30% do gás carbônico. Diante desse cenário, a ONU intensifica esforços para proteger a biodiversidade marinha.
O projeto MegaMove, da Australian National University, revelou dados alarmantes: apenas 7,5% das áreas essenciais para a megafauna marinha estão protegidas. Além disso, 61% dos habitats críticos permanecem fora das zonas de proteção. Essa situação evidencia a necessidade urgente de aumentar a proteção das áreas marinhas, propondo que o percentual de proteção suba de 8% para 30% em águas internacionais.
Dados do MegaMove
A equipe do MegaMove, composta por 376 cientistas de 50 países, analisou 11 milhões de registros de localização de 15.845 indivíduos de 121 espécies de megafauna marinha, como golfinhos, baleias e tartarugas. Os dados foram utilizados para mapear áreas essenciais para alimentação, reprodução e migração dessas espécies. O estudo destaca a insuficiência das áreas de preservação atuais.
No Brasil, a Universidade Federal do Rio de Janeiro contribuiu para essa pesquisa. O professor Carlos Frederico Duarte Rocha e a pesquisadora Maria de los Milagros L. Mendilaharsu apresentaram dados sobre os movimentos da tartaruga-de-couro no Atlântico Sul Ocidental. Eles alertaram sobre o impacto negativo das navegações comerciais e a necessidade de estratégias de mitigação, como a troca de equipamentos de pesca.
Iniciativas Globais
A ONU lançou a Década dos Oceanos (2021-2030), uma iniciativa que visa evitar o declínio da biodiversidade marinha e promover o desenvolvimento sustentável. A mobilização internacional é crucial para garantir a proteção das áreas marinhas e a preservação da vida oceânica. O tempo é essencial, e as ações precisam ser implementadas rapidamente para reverter a degradação dos oceanos.
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